O Espírito Santo faz a Igreja missionária

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São Paulo disse que: “Deus nos ungiu e nos marcou com o seu selo e colocou em nossos corações o penhor do Espírito” (2Cor 1,21-22). E São João escreveu: “Vós tendes a unção que vem do Santo” (1Jo 2,20). Portanto, todos os cristãos foram consagrados ou santificados pelo batismo, a fim de servir a Deus: “foram lavados e santificados”, disse São Paulo (Cf. 1Cor 6,11).

O Espírito Santo gera em nós o “zelo” apostólico e força para pregar o Evangelho. Jesus disse aos Apóstolos no dia de sua Ascensão ao Céu que eles evangelizariam no poder do Espírito Santo:

“Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo” (At 1,6-8).

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O Espírito Santo leva a Igreja ao conhecimento da verdade

O Espírito Santo nos inspira na defesa da nossa fé

Espírito Santo, alma da Igreja

É o Espírito Santo quem desde o dia de Pentecostes, há dois mil anos, impulsiona a Igreja para evangelizar todos os povos e todas as nações como Jesus mandou. Ele dá força e coragem aos missionários evangelizadores para enfrentar as maiores dificuldades e perigos como o martírio. Em muitos lugares do mundo a semente do Evangelho foi, – e está sendo hoje –, regada com o sangue dos cristãos. Tertuliano, escritor cristão do século II escreveu ao imperador romano Marco Aurélio, dizendo: “O sangue dos mártires é semente de novos cristãos” (Apologeticum).

Foi no poder do Espírito Santo que a Igreja suportou quase três séculos de perseguição do Império Romano, desde Nero (ano 67) até Constantino (313); venceu as heresias; venceu o nazismo, o comunismo e o ateísmo que tanto perseguiu os cristãos como nas Revoluções francesa (1789), russa (1917), espanhola (1936) e mexicana (1929), onde esses países foram lavados com sangue de milhares de mártires. O nazismo matou cerca de dois mil padres. A Revolução Francesa matou cerca de dezessete mil sacerdotes, e o comunismo matou milhares.

Só pelo poder do Espírito Santo podemos testemunhar a nossa fé. Jesus disse aos Apóstolos antes da Ascensão ao Céu:

“Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto” (At 24,49).

Com esse “Poder do Alto” é que os Apóstolos enfrentaram o mundo pagão para levá-lo a Cristo. São Paulo disse: “O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação” (1Ts 1,5). “Por conseguinte, desprezar estes preceitos é desprezar não a um homem, mas a Deus, que nos deu o seu Espírito Santo” (1Ts 4,8).

Retirado do livro: “Descerá sobre Vós o Espírito Santo!”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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