A ciência humana perscruta o universo e seus fenômenos, procurando as causas imediatas destes e concatenando-as entre si para ter uma explicação mais ou menos clara da realidade.
O dom da ciência, embora não defina a natureza e as propriedades físicas ou químicas de cada criatura, faz que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus; vê cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador e como caminho a Deus.
Mais: o dom da ciência leva o homem a compreender, de um lado, o vestígio de Deus que há em cada ser criado, e, de outro lado, a insuficiência de cada qual.
São Francisco de Assis soube ouvir e proclamar o canto das criaturas ao Senhor. As flores, as aves, a água, o fogo, o sol… tudo lhe falava de Deus. Por outro lado, toda criatura, é sempre limitada. O homem foi feito para Deus e só Neste pode descansar. São Francisco Borja († 1572) ao contemplar o cadáver da rainha Isabel, exclamou: “Não voltarei a servir a um senhor que possa morrer!”
O dom da ciência ensina também a reconhecer melhor o significado do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, têm o valor de escola que liberta e purifica o homem. Configuram o cristão a Jesus Cristo, outorgando-lhe um penhor de participação na glória do próprio Senhor Jesus.