O amor que se esforça

tumblrl6bljigopj1qa7fkdo1500large

Não é preciso insistir – pois o sabemos bem – no fato de que todos nós temos defeitos. O difícil é reconhecer quais são esses defeitos, especialmente os que – por nossa culpa – aborrecem e irritam os demais.

Que devemos fazer para vencê-los? Reconhece-los com humildade – coisa mais fácil com a ajuda de um diretor espiritual -, e lutar, insisto, com as armas da oração e da mortificação:

Oração. Orar mais.

Sempre, como repetia São Josemaria Escrivá com toda a tradição da Igreja, <<a oração deve preceder, acompanhar e seguir todos os nossos esforços>>. Você já pediu a Deus mais paciência? Pediu-lhe para compreender mais os outros, o que é um passo prévio para chegar à paciência? Pediu a graça de vencer as suas reações de impaciência: as palavras ásperas, os gestos de desaprovação, as recriminações, os gestos de irritação ou de fastio?

Já escolheu alguma jaculatória que possa repetir com fé durante o dia, como: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”, ou “Rainha da paz, rogai por nós”?

Leia também: O que é o amor?

Amor de verdade se conserta, não se joga fora

Por que o amor é para sempre?

Meditando sobre o amor…

Mortificações habituais.

Sintetizando conselhos dados em outra publicação, vou sugerir algumas:

– Fazer o esforço de escutar pacientemente a todos, sem deixar que se apague o sorriso dos lábios;

– Não andar comentando a toda a hora as nossas gripes, as nossas dores de cabeça ou de fígado nem, em geral, qualquer outro tipo e mal estar pessoal, evitar também queixar-nos do calor ou do frio, do abafamento do local, do tempo que levamos sem comer nada…;

– Renunciar a utilizar expressões humilhantes, como “Você sempre faz isso!”, “De novo”, “Já é a terceira vez!”, “Já estou cansado”, etc.

– Evitar cobranças insistentes e antipáticas e prontificar-nos a ajudar com pequenos maus hábitos ou cacoetes dos outros, mas deixa-los passar como quem nem repara neles: mania de bater na cadeira ou de tamborilar com os dedos na mesa, tendência para ler por cima do ombro o jornal que nós estamos lendo, de fazer ruído com a boca, de cantarolar enquanto se lê ou se trabalha…;

– Saber repetir calmamente as nossas explicações a quem não as entende; ter especialmente a paciência, partindo do bê-á-bá, para esclarecer o funcionamento de aparelhos eletrônicos àqueles que não têm facilidade de manejá-los;

– Não buzinar irritadamente quando alguém reduz sem avisar a marcha do veículo, nos ultrapassa quase raspando, vira ou estaciona sem dar sinal, etc. é boa mortificação não olhar para a cara do “agressor”, pois assim é mais difícil perder a paciência. Melhor se, passada a primeira reação, invocamos seu Anjo da Guarda e rezamos uma Ave-Maria por ele.

Retirado do livro: “Tornar a Vida Amável”. Francisco Faus. Ed. Cléofas e Cultor de Livros.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
Adicionar a favoritos link permanente.