Novo reitor da universidade italiana La Sapienza convida o Papa Bento XVI

ROMA, 02
Dez. 10 (ACI) .- Depois da frustrada
visita em janeiro de 2008 do Papa Bento XVI à Universidade italiana La Sapienza em Roma, a maior
da Europa, o novo reitor deste centro de estudos, Luigi Frati, convidou o Santo
Padre a “vir pois o acolheremos com os braços abertos”.

Em declarações ao jornal italiano Il Foglio, Frati disse esta terça-feira que
“durante o reitorado de meu predecessor (Renato Guarini) cometeu-se um
clamoroso engano. Não dar a possibilidade ao Bispo de Roma de falar na Sapienza
foi um disparate imperdoável”.

Assim o expressou Frati ao referir-se à protesta de 67 professores da
mencionada universidade que assinaram um petição para que o Papa Bento XVI não
fosse à Universidade La
Sapienza para inaugurar o ano acadêmico em 17 de janeiro de
2008. Logo depois de diversas protestas de alguns estudantes que ameaçaram
perturbando o evento, a Santa Sé decidiu em 15 de janeiro que esta devia ser
cancelada.

Frati comenta em suas declarações ao Il Foglio que “estou convencido que
muitos dos 67 professores que dois anos atrás assinaram a carta de protesta
pela visita ‘incongruente’ do Pontífice -lamentando-se pelo que Ratzinger havia
dito no discurso de Ratisbona e utilizando argumentações discutíveis sobre a
figura de Galileu- não leram o discurso original de Ratisbona nem
Galileu”.

“Um professor da maior universidade da Europa que fala daquilo que escuta
não nos dá uma melhor imagem”, acrescenta Frati.

Com efeito, no dia 5 de fevereiro de 2008, o L’Osservatore Romano publicou um
artigo no qual explicava que os 67 professores que assinaram o petição de
protesto contra a visita do Papa apoiaram suas acusações em uma cita fora de
contexto da Wikipédia, “a enciclopédia na Internet que é redigida pelos
leitores que navegam na rede e que nenhum homem de ciência utilizaria como
fonte exclusiva de suas investigações, a menos que verificasse com precisão a
veracidade da mesma”.

O reitor Luigi Frati conclui suas declarações ao Foglio fazendo um convite:
“o Papa Ratzinger pode vir quando queira à Sapienza para dar uma
conferência, talvez sobre a relação entre ciência e fé. Nós o convidado e se
puder vir o acolheremos com os braços abertos”.

Embora o Papa não tenha ido à Sapienza, o jornal vaticano sim deu a conhecer o
discurso que teria pronunciado o Pontífice para a ocasião. Este começava com a
frase: “Não devo impor a fé, mas sim a pedir a coragem para a
verdade”.

Massivo apoio ao Papa Bento XVI

Na Audiência Geral de 17 de janeiro de 2008 200 estudantes da universidade La Sapienza se fizeram
presentes no Vaticano para expressar sua proximidade e afeto ao Santo Padre
depois da decisão de cancelar a visita a este centro de estudos. Em um dos
pôsteres lia-se: “Se Bento não for à Sapienza, a Sapienza vai a
Bento”.

Essa mesma semana e logo depois da convocatória do então Vigário de Roma,
Cardeal Camillo Ruini para expressar sua solidariedade com o Santo Padre, mais
de cem mil pessoas se fizeram presentes na Praça de São Pedro para a oração do
ângelus dominical de 20 de janeiro.

Naquela ocasião o Papa Bento XVI saudou “acima de tudo aos jovens
universitários, aos professores e a todos vocês que vieram hoje em tão grande
número à Praça de São Pedro para a oração do Ângelus e para expressar-me sua
solidariedade”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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