Sim à vida,
não ao aborto
LA PLATA, 07 Dez. 10 / 12:33 pm (ACI).-
Perante o caso de uma mãe que solicitou abortar o seu filho anencefálico em La Plata (Argentina), o
Dr. Juan Carlos Caprile, médico especialista em bioética, manifestou que é
moralmente ilícito interromper violentamente a existência de uma criança com
este problema, pois fazê-lo é um assassinato com o qual se impede sua morte
natural.
O Dr. Caprile se referiu ao caso de um grupo de médicos do Hospital Policlínico
de La Plata que
se negaram a realizar o aborto solicitado
por uma mãe cujo bebê, no quinto mês de gestação, foi diagnosticado com
anencefalia.
O caso se dá quando na Argentina diversos grupos feministas e abortistas na
Argentina promovem um projeto de lei para despenalizar o aborto a partir de uma
modificação no Código Penal nacional.
“Ninguém tem direito a tirar a vida de outra pessoa por
mais doente ou malformada que tenha sido concebida e menos ainda a de um ser
inocente que não tem possibilidade de defender-se. Esta forma de aborto
configura uma nova agressão que viola o direito à vida e a não-discriminação
reconhecidos pela Constituição Nacional, Tratados Nacionais e
Internacionais”, assinalou o especialista em bioética.
Conforme explicou o médico argentino “a criança anencefálica é um ser
humano considerado como uma pessoa desde o momento mesmo da concepção, devendo
ser respeitado e sendo merecedor da dignidade que lhe corresponde como
tal”.
Caprile advertiu que esta forma de aborto encoberto “somado à dor
inevitável de estar gerando um filho doente acrescenta um intenso sentimento de
culpa fazendo ainda mais traumática a situação para a mãe, o pai e o entorno
familiar”.
A anencefalia ocorre no início do desenvolvimento de um bebê e se apresenta
quando a porção superior do tubo neural não chega a fechar-se. Geralmente esta
afecção produz a morte da criança em poucos dias.
Entretanto, casos como o da brasileira Marcela de Jesus surpreenderam o mundo
ao conseguir viver um ano oito meses e doze dias. Mais de mil pessoas
acompanharam esta pequena, que derrubou os mitos anti-vida em seu enterro em
agosto de 2008.