LONDRES, 02
Dez. 10 (ACI) .- A cadeia informativa
BBC deu a conhecer os conteúdos de um manual muçulmano que ensina em torno de
cinco mil crianças na Inglaterra o antissemitismo, os “segredos da
amputação perfeita” e o ódio aos homossexuais. Este texto islâmico também
explica que os “infiéis” (não muçulmanos) arderão “nas chamas do
inferno”.
A BBC apresentou no último 22 de novembro em seu programa “Panorama”,
alguns dos conteúdos deste livro dirigido a umas cinco mil crianças que fazem
parte da associação “Clube e escolas dos estudantes sauditas”.
Os pequenos aprendem com este texto que o primeiro roubo de uma pessoa é
castigado com a amputação de uma mão enquanto que o segundo com a mutilação de
um pé.
Neste clube que agrupa a 40 colégios em toda Grã-Bretanha,
os alunos muçulmanos recebem a citada informação, que também pede aos menores
sauditas que façam uma lista das “características reprováveis” dos
judeus.
Sobre os homossexuais, o texto muçulmano pergunta ao estudante: “é preferível
a lapidação, ser queimado ou lançado por um precipício?”, sendo esta
última a opção que se sugere como resposta correta.
O texto também denuncia a história dos “protocolos” em que os judeus
e os russos se esforçavam por alcançar o domínio global da economia e dos meios
de comunicação.
“Recordem que os judeus têm um fenótipo que os aproxima dos símios e dos
porcos”, diz outra passagem do mencionado livro islâmico.
O governo da Arábia Saudita desmentiu qualquer relação com os organizadores dos
cursos que se ditam nas noites ou os fins de semana nos que se usa o mencionado
texto, entretanto o diretor do referido programa explica que o curso responde
ao departamento cultural da embaixada da Arábia Saudita em Londres.
A BBC assinala ademais que uma das escolas, de onde obteve a
informação com mini câmeras, pertence ao governo saudita. Este centro de
estudos denuncia que a cadeia britânica mostra estas “descrições
históricas” do livro “fora de seu contexto”.
Sobre o conteúdo do texto muçulmano, o Ministro da Educação inglês, Michael
Gove, assinalou que “é claro que não podemos aceitar este tipo de material
nas escolas britânicas” e indicou que as escolas que o usam não gozam de
nenhum subsídio estatal nem utilizam estruturas públicas.