Mantra na espiritualidade cristã – Parte 1

Em síntese: Em nossos dias certos autores de espiritualidade
católicos recomendam exercícios corporais e ritmos respiratórios para favorecer
e provocar a oração.  Estas técnicas têm origem na espiritualidade hinduísta,
que é panteísta, identificando a Divindade e o homem como se este fosse uma
centelha divina apoucada pela matéria.  Os exercícios corporais hinduístas
têm em vista colocar o orante em sintonia com a Divindade existente no mundo
inteiro, aperfeiçoariam a união com Deus.  Ora os autores católicos,
embora tencionem ficar no âmbito do Cristianismo, se exprimem de tal modo que
muitas vezes parecem identificar-se com o pensamento hinduísta; as posturas
corporais e a respiração ritmada dariam ao cristão o contato mais íntimo com
Deus: colocá-lo-iam em contato com a Fonte do seu ser que está no mais íntimo
do homem; fa-lo-iam sintonizar com Deus como se este fosse uma fonte de energia
no sentido da Física moderna. – Daí as sérias restrições que as táticas
orientais mereceram da parte da Santa Sé e que conservam seu pleno valor diante
de publicações recentes como “Orar com o Corpo”, revista carmelitana.

 A revista carmelitana “ORAR” nº 9 (sem data)
propõe uma série de técnicas corporais recomendadas para facilitar a oração ou
a união da alma com Deus. Aliás, o título do fascículo é “ORAR COM O
CORPO”.

 A propósito algumas reflexões se impõem.

 1.    ORAÇÃO CRISTÃ

 A oração tem dois aspectos :

 1) É a procura de Deus por parte da criatura, de modo
que supõe a mobilização das faculdades humanas (intelecto, vontade, fantasia,
memória …), como aliás é praticada na meditação inaciana, na benuliana,
etc.  Desta maneira o corpo e a sensibilidade desenvolvem sua atividade
quando alguém quer rezar, somos todos psicossomáticos, nenhum ato da nossa
pessoa é meramente espiritual ou meramente corporal.  Verifica-se que,
quando a pessoa está cansada ou com dor de cabeça, pode sentir mais dificuldade
para concentrar-se e rezar.

2) Mas a oração é também, e principalmente, ação da graça de
Deus no orante.  Diz São Paulo: “O Espírito socorre a nossa
fraqueza.  Pois não sabemos o que pedir como convém; mas o próprio
Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis, e Aquele que perscruta os
corações sabe qual o desejo do Espírito, pois é segundo Deus que ele intercede
em favor dos santos” (Rm 8, 26s).  A oração é um dom ou uma graça de
Deus.

Compreende-se então que os cristãos procurem condições
fisicamente sadias para rezar; mas a Tradição cristã, em seu veio central ou
pela palavra de seus grandes mestres, jamais apregoou exercícios respiratórios
ou posturas físicas como recursos para rezar bem.  Pode-se até notar que
não poucos Santos procuraram posições incômodas para reza: ajoelhavam-se sobre
pedrinhas ou sobre grãos de milho, procuravam não se encostar em suas cadeiras,
usavam cilícios… Estas práticas nada tinham (ou têm) de masoquista, mas
derivavam-se da consciência de que a mística é inseparável da ascese; a
mortificação corporal acarreta o efeito benéfico de amainar as paixões e
libertar a mente para que mais facilmente se possa entregar à meditação das
realidades transcendentais.

Verdade é que no Oriente cristão existiu a corrente dos
hesicastas (= repousantes). O nome vem de hosychia, que em grego significa
tranqüilidade.  Tratava-se de monges que nos séculos XIII / XIV se
sentavam no chão, olhando fixamente o umbigo; por meio desta técnica de
concentração procuravam chegar a um êxtase ou à contemplação da luz divina
interior.  A doutrina que acompanhava tal método era de tendência
panteísta (no homem haveria uma centelha divina envolta na matéria).  O
hesicasmo encontrou grande difusão, mas também ferrenhos adversários nos
mosteiros de Constantinopla e no Monte Athos (República de monges situada na
Grécia); o seu principal defensor foi Gregório Pálamas (1296-1359).  A
corrente propagou-se até o Sul da Itália, provocando árduas disputas
teológicas, que foram objeto de estudo de três Concílios do Oriente grego. 
O método foi perdendo sua voga, embora ainda hoje encontre adeptos entre
ascetas do Monte Athos.

Os hinduístas, especialmente os budistas, é que cultivam
exercícios corporais para praticar a meditação.  Nisto são inspirados por
sua mentalidade panteísta que identifica entre si a Divindade e o homem; este
seria uma centelha da Divindade apoucada ou encarcerada pela matéria  Os
exercícios físicos têm então a função de fazer que a centelha divina (existente
no íntimo do homem) se emancipe das limitações da matéria e entre em sintonia
com a Divindade existente fora do homem; as posturas físicas, o ritmo
respiratório, a dieta alimentícia desempenham assim papel importante, porque,
segundo esta concepção, contribuem para libertar o núcleo central do homem.
2.       
EXERCÍCIOS
FÍSICOS NO CRISTIANISMO

Nos últimos anos alguns autores católicos têm procurado
adaptar a metodologia hinduísta à prática cristã da oração, recomendando
exercícios físicos diversos para se conseguir chegar à mais profunda união com
Deus.  Quem lê as lições desses autores, tem a impressão de que valorizam
excessivamente tais exercícios como se fossem condições ou quase condições para
rezar bem.  É possível, sim, que os exercícios corporais proporcionem
certo bem-estar físico, facilitando a respiração e o metabolismo, todavia esse
bem-estar ou essas condições higiênicas não são oração, nem são necessariamente
a melhor preparação ou o melhor concomitante da oração.  Se a oração é a
elevação da alma a Deus, suscitada pela graça divina (definição clássica), ela
ocorre segundo a espontaneidade do Espírito Santo, ainda que o orante esteja na
mais profunda fossa; talvez mesmo em ocasiões de aflição e angústia ela
prorrompa mais forte e espontânea.  Quem muito valoriza os exercícios
corporais para rezar, corre o risco de identificar oração e bem-estar
higiênico, ou também o risco de identificar gestos corpóreos e valores éticos
espirituais, como se pode depreender do seguinte texto. Extraído das pp. 26s do
referido fascílico.

“a. expiração é uma fase de purificação, de
desprendimento, de despojsamento. Expulso tudo o que em mim é obstáculo à vinda
de uma vida superior. Aceito morrer ao que em mim impede a eclosão dessa vida,
conforme a palavra de Cristo: “Quem perder a própria vida, a ganhará”.

 b. Terminada a expiração, chegar-se-á a uma pausa, com
os pulmões vazios.  Nela entro em contato com as nossas raízes.  Tudo
parece morto. Não se vê a vida, mas esta se prepara no grão pronto para se
abrir.  Recordo o mistério de Cristo sepultado durante três dias.  É
tempo de paciência.

 c. Chega-se à inspiração.  Momento em que
saboreio o estado de “ser respirado”.  Não aspiro o ar como se
receasse que ele me fosse faltar. Desejo aspirá-lo. Confio na vida que renova
seu ciclo.  Transponho tudo isso para essa nova força, que ascende em mim,
como a selva pelo tronco.  Vida de Cristo, que tenta regenerar-me. 
Esta vida divina, como o ar que neste momento os meus pulmões inalam, dá-se a
mim gratuitamente, instante após instante.  Não é fruto dos meus
esforços.  Através dela exercito a respiração encertada no sopro do
Espírito.  É o tempo – o da inspiração – adequado para viver a confiança
sem medo, sem ensimesmamento.

 d. Chega-se à apnéia, com os pulmões cheios. 
Agora deixo que Cristo penetre e se difunda por todo o meu ser, como o oxigênio
purificador que acabo de introduzir em mim”.

Como se vê, as diversas fases da respiração vêm a ser como
que a concretização de atividades do orante.  Muito mais grave é o que se
segue logo após o trecho atrás transcrito:

“Pela respiração entro em harmonia com o cosmo e suas
vibrações. Com o ritmo de seu fluxo e refluxo.  O sopro que habita em mim,
é o alento de Deus”.  Javé insuflou em seu nariz um alento de vida e
o homem se fez um ser vivente” ((Gn 2,7).  Nestes momentos conscientizar-me
de que possuo esse sopro é vincular-me ao Criador.  Esse sopro é seu
Espírito que me une com o Pai e o Filho a toda a criação” (p. 27).

Estes dizeres sugerem nitidamente o panteísmo: o ar que
alguém respira vem  a ser a vida divina, o alento de Deus, alento de Deus
que é identificado com o Espírito Santo; esse ar-Espírito une o orante à
Divindade e às criaturas todas.  O homem vive não por um princípio vital
criado, mas pelo sopro de Deus, que é o Espírito Santo.  Nisto há um abuso
da linguagem figurada de Gn 2,7; o texto bíblico concebe Deus metaforicamente
como um oleiro, que sopra na face do seu boneco de argila; esse soprar tem o
caráter metafórico da imagem aplicada; significa a infusão do princípio vital
do homem, que não é o Espírito Santo.

A idéia de que o ar que respiramos, nos põe em contato com o
cosmo e suas vibrações, é desenvolvida no artigo da revista em foco dedicada ao
mantra (pp. 34-35)

3.    OS MANTRAS

O vocabulário indiano mantra significa uma palavra ou uma
fórmula “impregnada de um poder particular capaz de unificar energias
habitualmente dispersas e contrapostas”.

Sua eficácia parece estar radicada em dois fatores: “a
vibração que penetra as camadas mais profundas e sutis da consciência, e seu
significado …” (p.34).

Essa palavra mantra é repetida com freqüência “de modo
a mergulhar facilmente o orante nas profundidades do seu psiquismo” (p.
34).

O mantra nos proporciona “uma certa experiência
sensível – em nível de fé, não sensorial – da Presença de Deus no centro do
nosso ser” (p.36).

A explanação relativa ao mantra dá a impressão de que a
vibração do ar decorrente da repetição da “palavra sagrada” tem um
efeito físico: ela “põe o orante em sintonia com Deus” (p. 34), como
se Deus fosse uma emissora de ondas e energias que capto desde que utilize a
vibração certa ou adequada para atingi-lo.  O mantra tem eficácia física
capaz de apreender a Deus como se Deus fosse uma realidade do nosso mundo
físico, quantitativo, mensurável.  Isto equivale a professar o panteísmo.

  

O panteísmo também parece insinuado pelas expressões
“mergular nas profundidades do nosso psiquismo, proporcionar uma 
experiência sensível – … não sensorial – da Presença de Deus no centro do
nosso ser”.  Dir-se-ia que está subjacente a idéia de que o homem é
uma centelha de Deus envolvida pela corporeidade.  A fé cristã admite,
sim, que Deus habita nos corações puros, mas está longe de professar que Deus
pode ser experimentado mediante vibração do ar.  Além disto, sugere a
pergunta: não há contradição, nos textos transcritos atrás, quando se diz que
fazemos uma certa experiência sensível, não sensorial, da Presença de Deus no
centro do nosso ser ?  Qual a diferença, neste contexto, entre sensível e
sensorial ?

 

Em suma, o fascículo “ORAR COM O CORPO” pode em
alguns tópicos oferecer sugestões úteis para a vida de oração, recomendando a
concretização corpórea de nossos afetos.  Todavia vários de seus artigos
são inspirados por concepções ambíguas, ou seja, concepções panteístas
revestidas de roupagem cristã. Não há dúvida, os articulistas fazem questão de
ressalvar que a oração é graça de Deus, é fruto da ação do Espírito Santo:

“A união com Deus, suprema meta da oração cristã )e de
toda oração) é puro Dom de Deus.  Pura graça do seu amor” (p. 7).

 “Eis os grandes riscos das técnicas corporais:
embasar a oração num conjunto de exercícios que freqüentemente termirão
desenvolvendo as técnicas e esvaziando o conteúdo.  E o outro risco:
renunciar à originalidade da oração cristã, para dar-lhe plena alma e
característica ioga, hindu ou budista” (p. 6).

 Apesar destas advertências colocadas nas primeiras
páginas do fascículo, os articulistas não parecem guardar os princípios
cristãos enunciados: dão tal importância aos gestos que insinuam que os gestos
é que levam à união com Deus … e com Deus concebido como Energia cósmica,
dimensional, panteísta…

 A propósito já foi publicado em PR 392/1995, pp.2-15
um comentário do livro de John Main: “O Momento de Cristo.  A Trilha
da Meditação”. Tal artigo transcreve observações e normas da Santa Sé
restritivas em relação às táticas de oração orientais.

 

DIVERSAS RELIGIÕES E UMA SÓ VERDADE … ?

 

Em síntese: No Consistório dos Cardeais do mundo inteiro,
realizado em Roma de 4 a
6 de abril de 1991, o Cardeal Josef Tomko, Prefeito da Congregação para a
Evangelização dos Povos, apresentou uma teoria oriunda da Índia que distingue
entre o Cristo cósmico Logos e Jesus Cristo.  Aquele estaria presente em
todas as religiões do mundo, ao passo que este só no Cristianismo.  Donde
se segue que não se deveria fazer algum esforço missionário de evangelização e
catequese dos povos não católicos, mas apenas cuidar da promoção temporal e
econômica de todos os povos.

A tese é muito vulnerável, pois anula o conceito de verdade
e relativista todas as mensagens religiosas, colocando no mesmo plano o
politeísmo, o panteísmo e o monoteísmo – o que peca não somente contra a fé
católica, mas também contra a são razão.

No Consistório do mundo inteiro, realizado em Roma de 4 a 6 de abril de 1991, o
Cardeal Josef Tomko, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos,
dissertou sobre as novas correntes religiosas de nossos dias.  Deteve-se
especialmente sobre uma teoria originária da Índia, que relativiza a mensagem
cristã e extingue o esforço missionário de evangelização dos povos.  A tal
tendência já o Papa João Paulo II, respondeu em sua encíclica Redemptoris
Missio, comentada em PR 350/1991, pp. 290-303.

A seguir, reproduziremos a exposição feita pelo Cardeal
Josef Tomko, acrescentando-lhe breve comentário.  Ver-se-á que, de certo
modo, a nova teoria é inspirada pelo secularismo ou o horizontalismo subjacente
também a teses teológicas existentes no Brasil.

FALA O CARDEAL TOMKO

 

A difusão das seitas e o desafio que eles apresentam à
Igreja, têm repercussões teológicas, além de pastorais.  A confusão
doutrinal sobre o conteúdo da fé abre o caminho ao popular das seitas, a sua
justificação prática, e sobretudo à falta de empenho no cuidado pastoral e no
anúncio explícito de Jesus Cristo que constitui a comunidade cristã.

Há um relativismo gnóstico e um mal entendido teológico que
nivelam todas as religiões, as diversas experiências e a crenças religiosas a
um mínimo denominador comum, pelo que todo se equivale a cada um pode percorrer
um dos caminhos igualmente válidos para a salvação.

Há teorias teológicas que esvaziam e deformam o mistério
revelado do Verbo encarnado em
Jesus Cristo, e constróem arbitrariamente o mistério de uma
realidade divina que “emerge”, “se encarna” nas diversas
figuras religiosas (encarnações, salvadores, mediadores, reveladores,
fundadores, místicos).  Estas teorias tornam-se por vezes praxe pastoral,
tirando o empenho missionário e enfraquecendo a própria identidade cristã.

Os apelos da Encíclica missionária

João Paulo II, na sua última Encíclica Redemptoris Missio,
quis reafirmar as bases teológicas da identidade missionária da Igreja e, pelo
fato mesmo, corrigir certas interpretações teológicas.  De tais
ambigüidades, fala em termos gerais (cf. Rm 2,36) e particulares (cf. Rm
6,11,17, 18, 18,19). Nestas precisações teológicas Jesus Cristo, o único
Salvador e a perfeita revelação de Deus, está no centro do documento. 
Afirma-se nele que “é contrário a fé cristã introduzir qualquer separação
entre o Verbo divino e Jesus Cristo” (RM 6), que “o Reino de Deus que
conhecemos pela Revelação, não pode ser separado de Cristo nem da Igreja”
(RM 18); que o Espírito “que sopra onde quer e que já estava a operar no
mundo, antes da glorificação do Filho … é o mesmo que agiu na encarnação,
vida, morte e ressurreição de Jesus, e atua na Igreja” (RM 29).

Mas o que é que está por detrás destes apelos do Santo Padre
? Não se trata de observações sem fundamento, mas de precisações e correções a
certas teorias e tendências teológicas, que podem estar mais difundidas do que
se crê à primeira vista.

Desde o Concílio Vaticano II, de fato, a Igreja empenhou-se
no diálogo inter-religioso, e o Magistério conciliar a seguinte procurou
explicar a sua natureza e fundamentos.  Diversos teólogos procuraram
aprofundar os fundamentos mesmos do diálogo e as realidades teológicas conexas.
O papel dos teólogos é importante e o Papa salienta-o na Encíclica,
encorajando-os a esta obra que deve contribuir para a vida e a missão da Igreja
(RM 2,36).  Alguns, todavia, desenvolveram doutrinas inaceitáveis e
destruidoras, que podem ser reconduzidas a três temas principais: Cristo, o
Espírito, o Reino.

Um Jesus Cristo reinterpretado

Segundo alguns teólogos indianos, na busca do diálogo, Jesus
Cristo não une, mas, ao contrário, divide: a unidade e o acordo são portanto
procurados não no “cristocentrismo”, mas no “teocentrismo”,
ou seja, em torno do mistério divino, enquanto a pessoa de Jesus Cristo é
relativizada.

Decerto, estes teólogos conhecem bem os textos bíblicos que
apresentam Jesus Cristo como o único Salvador dos homens e o único Mediador
entre Deus e os homens.  Consideram-nos, contudo, como cristologias
posteriores e como afirmações enfáticas, no nível das do marido enamorado da
própria esposa.

Partindo da distinção entre o Cristo-Logos e o Jesus
histórico, afirma-se que no Logos há mais do que no Jesus histórico, pelo que o
Logos pode aparecer noutras religiões e noutras figuras históricas em que está
escondido. O Cristo Logos pertenceria a todas as religiões e manifestar-se-ia
nelas.  O Jesus histórico, ao contrário, pertence à religião cristã e à
Igreja.  Ao Cristo cósmico-Logos, enlaça-se também a mediação salvífica
das religiões não cristãs. O papel da Igreja estaria, antes, ligado ao papel de
Jesus histórico.  Certas classificações como “final, último, único,
universal”, por conseguinte, só são verdadeiras se aplicadas ao Verbo, mas
não a Jesus histórico: Em conclusão, o mistério universal da salvação
realiza-se mediante todas as religiões.

Outros teólogos afirmam que não se pode absolutizar o modelo
de Calcedônia, nem obrigar a fazer dele uma simples versão.  Os títulos
cristológicos são dados a Jesus mais tarde, por particulares crenças e
culturais, que são interpretações.

Outros propõem um teocentrismo pluralista.  Consciente
ou inconscientemente igualam não só os aderentes às diversas religiões, mas
também os conteúdos e até os fundadores de cada uma das religiões, que são
todos classificados salvadores, em quem opera ou se encarna historicamente o
infinito Mistério de Deus.

continua…

        

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
Adicionar a favoritos link permanente.