“L’Osservatore Romano”, órgão de informação e formação

Mensagem do Papa nos 150 anos de fundação do jornal

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 4 de julho de 2011 (ZENIT.org) – “Um longo e importante caminho, repleto de alegrias, dificuldades, compromissos, satisfações e graça”: foi assim que o Papa Bento XVI definiu os 150 anos de vida do L’Osservatore Romano, em uma mensagem enviada ao diretor do jornal, Giovanni Maria Vian, por ocasião do aniversário de sua fundação.

Segundo o Pontífice, a comemoração supõe, “antes de mais nada, um motivo de agradecimento a Deus pro universis beneficiis suis, ou seja, por tudo aquilo que sua Providência dispôs neste século e meio, tempo em que o mundo mudou profundamente, e pelo que dispõe na atualidade, quando as mudanças são contínuas e cada vez mais rápidas, sobretudo no âmbito da comunicação e da informação”.

Na segunda metade do século XX, o jornal começou a circular pelo mundo inteiro através de uma série de edições jornalísticas em diversas línguas, impressas não somente no Vaticano: atualmente há oito, entre as quais, desde 2008, também se encontra a versão malaia, publicada na Índia – a primeira em caracteres não latinos.

Desde 2008, “em uma época difícil para a mídia tradicional, a difusão se apoiou na combinação com outros jornais da Espanha, Itália, Portugal e agora em uma presença na internet cada vez mais eficaz”.

O Pontífice definiu o L’Osservatore Romano como “um jornal singularíssimo, pelas suas características únicas”.

Observou que, neste século e meio, “antes de tudo, encarregou-se do serviço dedicado à verdade e à comunhão católica por parte da Sé do Sucessor de Pedro”, sem esquecer-se jamais de “fazer presente também a obra e a situação das comunidades católicas no mundo, que às vezes vivem em condições dramáticas”.

“Neste tempo – marcado frequentemente pela falta de pontos de referência e pela eliminação de Deus do horizonte de muitas sociedades, também de antiga tradição cristã -, o jornal da Santa Sé se apresenta como um ‘jornal de ideias’, como um órgão de formação, e não somente de informação”, explicou o Papa.

Por isso, exortou a “manter fielmente a tarefa desenvolvida neste século e meio, com atenção também ao Oriente cristão, ao irreversível compromisso ecumênico das diversas Igrejas e comunidades eclesiais, à busca constante de amizade e de colaboração com o Judaísmo e com as demais religiões, ao debate e confrontação cultural, às vozes das mulheres, aos temas bioéticos que oferecem questões decisivas para todos”.

“Continuando a abertura a novas assinaturas – entre as quais se destaca um número crescente de colaboradoras – e acentuando a dimensão e a característica internacional, presente desde a origem do jornal, depois de 150 anos de uma história da qual pode estar orgulhoso, o L’Osservatore Romano sabe expressar a cordial amizade da Santa Sé com a humanidade da nossa época, em defesa da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus e redimida por Cristo”, concluiu.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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