Inferno

O
inferno existe sim. Cremos em sua existência, em primeiro lugar, porque o
próprio Nosso Senhor Jesus Cristo disse que ele existe. Ao falar sobre o juízo
final, Jesus disse que os bons seriam separados dos maus e que estes, depois de
julgados, Deus lhes dirá:
“Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno que foi preparado para o
demônio e para os seus anjos…” (Mt 25, 41).

E
em São Marcos
se lê:
“Melhor te é entrar na vida eterna manco, do que tendo duas mãos ir para a
geena, para o fogo inextiguível, onde o seu verme não morre, e o fogo não se
apaga” (Mc. IX, 43-44).

Em
várias ocasiões Nosso Senhor falou do castigo eterno, no inferno.

Além
disso, a razão nos mostra que a culpa cresce com a digninidade da pessoa
ofendida. Se dou um tapa num bebê, tenho culpa. Se bato o mesmo tapa numa
mulher adulta, eu a ofendo mais porque ela entende. Se esta mulher é minha mãe,
a culpa cresce. Sendo assim, a ofensa feita a Deus é infinita, e merece punição
infinita. Como o homem é finito, ele não pode sofrer castigo em grau infinito.
Então o castigo tem que ser infinito na sua duração.

Além
disso o homem, depois que morre, já não pode mais mudar de vontade. Se morreu
em pecado, já não pode voltar atrás. É como um aluno que entregou sua prova: já
não pode mais mudar o que nela escreveu. Por isso, finda a prova do homem na
terra, ele já não pode mudar de decisão: se morreu odiando a Deus, odiará a
Deus eternamente, e será eternamente punido.

Então,
devemos crer no que ensinou Jesus Cristo e não no que nos é mais agradável.

O
fato de conhecer a verdade não nos dá automaticamente a salvação, porque muitos
conhecem a verdade e não a amam. Rejeitam-na. Por exemplo, esse seu amigo, ele
deve conhecer a frase de Cristo a respeito dos maus no juizo final que citei
pouco acima, mas ele não quer aceitá-la. Por isso nem todos os que conhecem a
verdade se salvam. Os fariseus conheceram a verdade e mataram a Cristo por
ódio.

Cristo
quer a misericórdia sim, isto é, que durante nossa vida estejamos dispostos a
perdoar-nos uns aos outros. E se alguem não quiser perdoar seus inimigos também
não será perdoado, e será lançado no fogo eterno do inferno. E se está dito que
se salvarão apenas 144.000, no tempo do Anticristo, isso significa muitos, mas
não TODOS. Logo, haverá muitos outros que irão para o inferno, só Deus sabe
quantos.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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