Homilia da Missa de 25 anos de ordenação episcopal de Dom Damasceno

Dom Damasceno agradeço, honrado e feliz, o generoso convite para pregar em sua missa de jubileu de prata episcopal.   Seu convite me fez voltar em pensamento, com saudades, aos tempos de Mariana quando, colegas e amigos, estudávamos filosofia, enfrentando juntos os difíceis textos dos “elementa philosophiae aristotélico-thomisticae” de Josephus Gredt, sob a orientação dos padres lazaristas.  Quero inicialmente fazer memória de seus pais, Carmen e Francisco, e prestar homenagem a seus 9 irmãos, certo de que sua família foi o berço das virtudes que presidem sua significativa e rica presença no cenário da Igreja do Brasil nos últimos decênios. É bonita, marcada por especial providência de Deus, sua trajetória no serviço do povo de Deus em nossa Igreja. Depois de vários anos como bispo auxiliar de Brasília, Nossa Senhora Aparecida, de quem sua mãe, Carmen, era especial devota, trouxe-o para o Santuário, coração católico do Brasil. Aqui você tem vivido os melhores dias de sua vida e recebido as mais significativas tarefas para o serviço da Igreja. Enumero quatro principais: sediar a V  Conferência do Episcopado latino-americano e caribenho, quando você desfrutou da companhia do Vigário de Cristo, hospedando-o em sua casa; sua eleição para a Presidência do CELAM, quando foi oficialmente lançada a Missão Continental; sua escolha por Sua Santidade, o Papa Bento, para membro do Colégio Cardinalício; e, recentemente, a eleição para a Presidência da CNBB. E pensar, irmãos, que tudo isso foi recebido por Dom Damasceno com simplicidade de coração e no espírito de fidelidade de quem quer administrar os talentos de Deus com sincera dedicação, fazendo jus desde já à palavra do Senhor: “Servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, eu te constituirei sobre o muito, entra na alegria de teu Senhor”.

A alegria!  É sobre a alegria, que todos lemos em seu semblante, quaisquer que sejam as circunstâncias, que desejo meditar nesse breve espaço de tempo que me permite a homilia desta Santa Missa. A primeira observação que faço é que antes que o ser humano pudesse entrar na alegria do Senhor, a alegria do Senhor entrou em sua história. Foi com um “alegra-te”(Kaire), dirigido a Maria que a plenitude da alegria do Pai, o Filho Unigênito, começou a estar entre nós. A alegria de Deus se comunica ao homem pecador como misericórdia. Esta verdade só foi plenamente compreendida por Pedro, depois do perdão de suas três quedas, com a vinda do Espírito Santo.

Perdão e alegria

Neste sentido a palavra de Deus, proclamada no evangelho,nos convida retomar o que há de mais revolucionário na revelação cristã. Trata-se da mensagem – a única verdadeiramente capaz de transformar o mundo – da misericórdia que, jorrando do coração de Deus, contagia o coração humano e restaura os laços da comunhão na convivência no seio da sociedade.  Em sua mensagem para o trigésimo quinto dia mundial da Paz, em 2002, o Papa João Paulo II, propôs o Perdão como condição “sine qua” para o estabelecimento da justiça na Terra: “Não há Paz sem Justiça, não há Justiça sem Perdão”.

O santo Padre afirma que a paz e a plena justiça só se estabelecem de forma consistente se forem curadas as chagas produzidas pela violação dos direitos humanos, o que só é possível se o perdão se fizer presente na vida das pessoas e nas relações entre os povos. Assim: “Mas, como a justiça humana é sempre frágil e imperfeita, porque exposta como tal às limitações e aos egoísmos pessoais e de grupo, ela deve ser exercida e de certa maneira completada com o perdão que cura as feridas e restabelece em profundidade as relações humanas transtornadas. Isto vale tanto para as tensões entre os indivíduos, como para as que se verificam em âmbito mais alargado e mesmo as internacionais. O perdão não se opõe de modo algum à justiça, porque não consiste em diferir as legítimas exigências de reparação da ordem violada; mas visa sobretudo aquela plenitude de justiça que gera a tranquilidade da ordem, a qual é bem mais do que uma frágil e provisória cessação das hostilidades, porque consiste na cura em profundidade das feridas que sangram nos corações. Para tal cura, ambos, justiça e perdão, são essenciais.”

Resposta de Jesus à pergunta de Pedro

O trecho do evangelho de Mateus, proclamado neste domingo em nossa igrejas, é parte do discurso eclesiológico de Jesus em que Ele ensina como deve ser o coração de sua Igreja ( Mt 18). O coração da Igreja deve pulsar como o coração de Deus. A pergunta de Pedro – “quantas vezes devo perdoar? Até sete vezes?”- situa-se no contexto do judaísmo da época de Jesus que, não obstante o que ouvimos na primeira leitura (Eclo. 27,33-28,9), não havia conseguido assimilar em plenitude a proposta do perdão na medida de Deus. As escolas rabínicas elaboraram tabelas ou tarifas que continham regras para o perdão para os vários tipos de ofensas, estabelecendo quantas vezes o perdão deveria ser dado. Pedro, percebendo a novidade que Jesus estava a introduzir, pergunta-lhe: “quantas vezes devo perdoar? Até sete vezes?”. A resposta de Jesus não deixa dúvidas: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”(Cf. Mt 18,21-22). O perdão deve ser uma disposição profunda e permanente do coração de seus discípulos. Oferecer sempre o perdão e de todo o coração. A parábola que vem logo a seguir oferece a medida: perdoar com a mesma generosidade com que Deus nos perdoa. Jesus retoma, na parábola, a súplica do Pai-Nosso: “perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” e ensina-nos como perdoar: “perdoai assim como eu vos perdôo”. Mas como? Será isso possível? Será possível imitar Jesus que, diante da crueldade e das blasfêmias dos homens, brada: “Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”? Só quem experimentou a misericórdia de Deus e se deixou impregnar dela será capaz de repetir o gesto de Deus que perdoa além de toda medida. Deus se comove diante de nossa miséria e se alegra em nos restaurar em sua amizade. A alegria de Deus, ao recuperar o filho que partiu na ilusão de ser feliz longe da casa paterna, é o transbordamento da eterna alegria de gerar em sua eternidade o unigênito de seu amor. Jesus experimenta em seu coração humano a eterna alegria que lhe comunica o amor do Pai. Com o mistério da encarnação a alegria de Deus entrou no mundo e se revela como misericórdia que vem ao encontro da ovelha perdida e dá vida aos que haviam morrido na inanição do pecado. “À primeira vista, o perdão poderia parecer uma fraqueza, mas não: tanto para ser concedido quanto para ser aceito, supõe uma força espiritual e uma coragem moral a toda a prova.

Em vez de humilhar a pessoa, o perdão leva-a a um humanismo mais pleno e mais rico, capaz de refletir em si um raio do esplendor do Criador”(João Paulo II). Deus é forte, plenitude de vida e de amor, eterna alegria de amar e ser amado, por isso Deus é misericórdia e se alegra em perdoar, a ponto de Jesus afirmar: “Eu vos digo: assim haverá no céu alegria por um só pecador que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão”.(Lc 15,7). Simão Pedro compreenderá a parábola que ouvimos na proclamação do evangelho mais tarde, quando, depois da tríplice negação, sentir pousar sobre seus olhos turvados pela culpa o olhar penetrante e misericordioso de Jesus lá de dentro do tribunal do Sumo sacerdote(Cf. Lc 22,54-62). A alegria de Deus é infinita, tem a dimensão e a potência de seu amor. Aqueles que são tomados pela alegria de Deus nesta vida se empenham em colocar tudo o que receberam de Deus a serviço do Reino e ouvirão, um dia, do Senhor: “Entra na alegria do teu Senhor” Este é o lema episcopal de Dom Raimundo, sobre o qual  me estendo um pouco mais.

O Lema de Dom Raimundo: “in gaudium domini”(Mt 25,23)

Deus nos quer partícipes de sua alegria. Para essa alegria nos criou e para ela nos chama. Os ministros do Senhor, seus especiais discípulos, trabalham para que essa alegria chegue a todos, porque por ela foram contagiados, como nos descreve o DAp:   “Nossa alegria, portanto, baseia-se no amor do Pai, na participação no mistério pascal de Jesus Cristo que, pelo Espírito Santo , nos faz passar da morte para a vida, da tristeza para a alegria, do absurdo para o sentido profundo da existência, do desalento para a esperança que não engana. Esta alegria não é sentimento artificialmente provocado nem estado de ânimo passageiro. O amor do Pai nos foi revelado em Cristo que nos convidou a entrar em seu reino. Ele nos ensinou a orar dizendo “Abba, Pai’ (Rom 8,15; Mt 6,9)”(n. 17); “Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas,e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria”(n. 29).

“In Gaudium Domini”:  Na Alegria do Senhor. (Mt 25,23) . Este tem sido o lema e o caminho episcopal de Dom Damasceno, tirado da parábola dos talentos do Capítulo 25 do evangelho de São Mateus, em que um senhor, devendo se ausentar por um longo período de tempo, confiou a seus servos talentos para que os fizessem render. Voltando, aquele senhor se dirige aos dois que multiplicaram os talentos e os convida a entrar na sua alegria. A cada um o Senhor repete: “Muito bem, servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei: entra na alegria de teu senhor”( Mt 25, 21. 23). Pois, bem, irmãos e irmãs, tentemos compreender que alegria é essa na qual devem entrar os bons administradores dos talentos de Deus.  Começo por observar que a palavra alegria – kará no original grego – aparece 59 vezes no Novo Testamento e o verbo correspondente, alegrar-se – Kaírô -74 vezes. Na maioria dos textos trata-se da experiência de entrar na posse do bem escatológico da salvação, do reino prometido. Aquele que recebe o reino faz a experiência da alegria que não pode ser encontrada em nenhuma outra realidade: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola. (Mt 12,44-45). Sabemos que o Reino na história se concretiza pela atuação do Espírito Santo.  A alegria é, juntamente com a justiça e a paz, fruto dessa presença do amor pessoal, fruto do eterno abraço do Pai e do Filho no mistério de Deus, precisamente:, fruto do Espírito Santo( Gál 5,22; Rom 14,17) . Mas, voltemos ao lema de Dom Raimundo: “in Gaudium Domini”, na Alegria do Senhor. A palavra “alegria” assim como outras palavras, amor por ex., vem perdendo seu sentido profundo, confundida com emoções passageiras provocadas pela estimulação dos sentidos e/ ou pelos aplausos colhidos da fama e do poder. Há, entretanto, uma alegria, um “gaudium”, que vem de Deus e que ninguém nos pode tirar. A alegria do discípulo brota de dentro como fruto do encontro que dá  sentido definitivo e pleno à vida. Em que consiste a alegria de Deus já conhecida por Neemias  no Antigo Testamento, quando recomenda: “seja a alegria de Deus a vossa força”? ( Esta  foi a palavra de Neemias ao povo que,  retornando, chorava sobre as ruínas de Jerusalém) (Cf. Ne 8,10). Em que consiste a alegria de Deus , seu “gaudium”?  É sobretudo o evangelista João quem procura nos levantar o véu sob o qual pulsa infinita a alegria de Deus. Esta alegria está em Jesus e Ele nos quer participantes dela: “Agora, porém, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude”(17,13). A alegria, o gáudio de Jesus, está nisto: “o Pai ama o Filho” e lhe “dá ter a vida em si mesmo”(Cf. Jo 3,35; 5,20; 26; 17,24. 26). A alegria é ter a Vida em plenitude e a vida em plenitude é a vida de amor que está em Deus. É esta vida que Deus, em Cristo, pelo Espírito nos comunica: a vida eterna. E a vida eterna consiste em fazer a experiência do mistério da relação do Pai para com o Filho e do Filho para com o Pai, como nos revela Jesus no início e no fecho da oração sacerdotal: “Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. (Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste.(Jo 17,1-3) “Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.(Jo 17,26).

Fazendo eco à oração de Jesus, em sua primeira carta, São João nos comunica a mesma verdade: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam da Palavra da Vida –  vida esta que se manifestou, que nós vimos e testemunhamos, vida eterna que a vós anunciamos, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós -, isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.  Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria seja completa”(I Jo 1,1-4). Uma alegria completa só pode ser encontrada em Deus. Já nesta vida essa alegria nos é oferecida: o amor com o qual o Pai ama Jesus nos é dado: “Assim como o Pai me amou também vos amei. Permanecei no meu amor”(Jo 15,9). Deus nos oferece uma alegria plena ao se oferecer inteiro a nós. Esta alegria se planta dentro de nós quando, na fé, fazemos a experiência do encontro com Cristo. É uma experiência ainda misturada com as aflições de nossa existência no mundo. Mas é uma certeza, certeza de quem experimentou a vida prometida, posse incoativa dos bens futuros, pois a fé é “substantia rerum sperandarum, argumentum non apparentium”, como nos ensina a Epístola aos Hebreus(11,1). O papa Bento XVI em sua encíclica “Spe salvi” explica-nos o sentido dessa passagem: “A fé não é só uma inclinação da pessoa para realidades que hão-de vir, mas estão ainda totalmente ausentes; ela dá-nos algo. Dá-nos já agora algo da realidade esperada, e esta realidade presente constitui para nós uma « prova » das coisas que ainda não se vêem. Ela atrai o futuro para dentro do presente, de modo que aquele “já” não é o puro “ainda-não”. O fato de este futuro existir muda o presente; o presente é tocado pela realidade futura, e assim as coisas futuras derramam-se naquelas presentes e as presentes nas futuras”. Assim sendo, a palavra de Jesus que inspira a vida episcopal de Dom Damasceno – “entra na alegria de teu Senhor”-, já atua em nossa caminhada histórica desde o momento em que Ele nos entrega    a riqueza de seu Reino para dela desfrutarmos e para multiplicá-la para o bem de nossos irmãos de humanidade. Nossa fidelidade no dia a dia de nossa pobre existência, no serviço de Deus, contém a alegria do encontro final e nos sustenta em meio às vicissitudes do caminho. Nosso Deus é o Deus da vida, o Deus da alegria. Nosso mundo busca desesperadamente a vida e se engana em alegrias sem consistência, fugazes. O documento de Aparecida , depois de constatar a sede de viver latente na cultura atual, quis que o tema “VIDA” fosse o horizonte a marcar sua reflexão e suas propostas para fazer discípulos missionários. A alegria, manifestação da vida é também tema recorrente no texto de Aparecida.  A plenitude da alegria, que pregustamos no encontro com Cristo nesta existência, por obra e graça do Espírito Santo, nos impele a colocar os talentos dados por Deus a serviço do reino na certeza-esperança de um dia escutarmos do Senhor as palavras que tornarão eterna nossa alegria: “entra no gáudio de teu Senhor”.

Esta alegria, que ninguém, nem nada, nos pode roubar, reflexo da alegria de Deus, que brilha no rosto de Jesus, é um dos traços, talvez o mais marcante do testemunho cristão.  Bento XVI lembrava-nos que o evangelho se comunica não por via proselitista, mas por atração, vale dizer por contágio. A fidelidade do discípulo- “foste fiel no pouco” – no dia a dia revela esta alegria escondida no coração e que se deixa entrever na amizade, na constância e na simplicidade da vida e que se revelará plenamente no reino definitivo.

Dom Damasceno, nascido de família cristã, no interior de nossa Minas Gerais, de tradições católicas tão ricas, soube, desde sua juventude, cultivar a simplicidade e a alegria, que caracterizam o discípulo de Cristo. As altas funções que têm exercido como Bispo, ultimamente a dignidade cardinalícia, não lhe alteram o estilo, manso, humilde, alegre, feito também de um senso de humor saudável, que torna sua convivência e amizade desejada por todos.

Nossa  alegria, reflexo da alegria de Deus, faz-nos de “bem com a vida” e nos dispõe a perdoar sempre, quebrando a corrente do ódio e da violência que, continuamente introduz a dor e a tristeza na convivência humana.

Dom Damasceno, irmão querido, servidor do evangelho, que a mãe Aparecida, a primeira a receber a plenitude da alegria  – kaire, kekaritomene -, anunciada pelo Arcanjo, trazida pelo Verbo da Vida, o conserve assim como você é: simples, homem da justiça e da paz, alegre da alegria que brota de dentro, do encontro com o tesouro escondido, do encontro com Cristo. Amém.

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Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues

Arcebispo de Sorocaba – SP
Aparecida, 10 de setembro de 2011

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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