História da Igreja: 25/11/2010 – Parte 4

553 –
Concílio de CONSTANTINOPLA II                        

5º CONCÍLIO
ECUMÊNICO

Data: 05/05
a 02/07 de 553 – Papa: Virgílio (537-555)

Condenação
dos nestorianos Teodoro de Mopsuéstia, Teodoro de Ciro e Ibas de Edessa
(episódio chamado de Três Capítulos).

 “Não há senão uma hipóstase (ou pessoa), que é
Nosso Senhor Jesus Cristo, Um na Trindade… Aquele que foi crucificado na
carne, nosso Jesus Cristo, é verdadeiro Deus, Senhor da glória e Um na
Santíssima Trindade” (DS 424).

“Toda a
economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma forma que
a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza” (DS 421)

680 –
Concílio de CONSTANTINOPLA III – 6º
CONCÍLIO ECUMÊNICO

Data: 07/11
de 680 a
16/09 de 681 – Papas: Ágato (678-681) e Leão II (682-683)

Condenação
do Monotelitismo, heresia defendida pelo patriarca Sérgio de Constantinopla que
ensinava haver só a vontade divina em Cristo (“teletes”, em grego, vontade).

A vontade
humana de Cristo “segue a vontade divina, sem estar em resistência nem em
oposição em relação a ela, mas antes sendo subordinada a esta vontade
todo-poderosa” (DS 556; CIC 475).

Século VII
– Advento do Islamismo

Maomé –
Muhammad-Ibn-Abdallag-Ibn-Mottalib (571-632) – os muçulmanos (maometanos)
crescem a partir do séc. VII por causa da “guerra santa”

Meca e
Medina. Na “Noite do Destino”, Deus o escolhe para ser “profeta da nova fé”:
“Sou o anjo Gabriel e tu serás o apóstolo do Senhor”. Corão = mistura de
panteísmo, judaísmo e cristianismo.

Califa Omar
funda o império teocrático árabe. O califa é o sucessor do profeta – soberano:
chefe militar, civil e judiciário.

As tribos
da Arábia reconhecem Maomé como chefe (630).

Conquistam
(pelas armas) Damasco em 635; Jerusalém e Antioquia em 637; Egito, em 640;
Pérsia (640-644); e o norte da África, em 650.

Atacam 4
vezes Constantinopla (674-678). Não conseguiu na 1ª vez, porque o basileu era
forte.

Conquistam
a Espanha em 722, pelo estreito de Gibraltar, e a Itália, pela Sicília em
827.(Ler nota [1]).

722 –
início das guerras de reconquista da Espanha aos árabes.Século VIII
– O Estado Pontifício

No séc.
VII, os imperadores bizantinos tiravam terras da jurisdição do Papa e no norte
da Itália, os lombardos, pagãos ou heréticos (arianos) ameaçavam saquear Roma e
região[2].

717 – a
heresia iconoclasta era apoiada pelos basileus (os imperadores tornaram-se
iconoclastas).

739 – os
lombardos (bárbaros do norte) cercam Roma.

747 – Papa
Zacarias (741-752) recorre a Pepino, o Breve (pai de Carlos Magno), da dinastia
dos carolíngios, mordomo (1º ministro) dos francos, mas não tinha sangue real –
“Os reis reinam, mas não governam”.

Em 751, foi
eleito rei dos francos na dieta de Soisson e ungido por S. Bonifácio e outros
bispos. Sucede a Quilderico III, último rei merovíngio (depois vem os
carolíngios, dinastia de Carlos Magno). Pepino vence o rei lombardo Astulfo
(749-756) em Ravena.

754 – Papa
Estevão II (752-757) ungiu Pepino o Breve e seus filhos Carlos (Magno) e
Carlomano (morreu jovem em 771) rei dos francos com o título de “Patrícios
Romanos” (como que “sucessores dos césares”), protetores de Roma e da Igreja.
Não tinha sangue real, mas por ter sido ungido pelo Papa, supre o sangue real.

756 –
Pepino vence os lombardos e entrega os territórios bizantinos ao Papa. O
documento foi colocado sobre o túmulo de São Pedro, daí nascendo o Estado
Pontifício. Era a vontade do povo.

774 –
Carlos Magno, filho de Pepino, o Breve, vence os lombardos.

781 – nasce
o ESTADO PONTIFÍCIO – cunham-se moedas.

787 –
Concílio de NICÉIA II – 7º CONCÍLIO ECUMÊNICO

Data: 24/09
a 23/10 – Papa: Adriano I (772-795)

Contra os
iconoclastas: há sentido e liceidade na veneração de imagens

“Para
proferir sucintamente a nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições
da Igreja, escritas ou não escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração.
Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação
da história evangélica, crendo que, de verdade, e não na aparência. O Verbo de
Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se
iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco” (Doc. 111).

“Nós
definimos como todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da
cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas
quer em mosaico, quer em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas
nas santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas
paredes e mesas, nas casas e nas ruas; sejam elas as imagens do Senhor Deus,
dos santos anjos, de todos os santos e justos” (DS 600-601).

800 –
Natal. Carlos Magno[3]
(768-814) é coroado Imperador na noite de Natal pelo Papa Leão III (795-816),
como “Carlos Augusto” (ou seja, “César”). “Sacro Império Romano da Nação
Franca”[4]
(império, agora, sagrado).

O Papado e
a Itália estão fora da jurisdição de Constantinopla, o que faz com que os
Bizantinos fiquem ofendidos e furiosos, pois diziam: “Como pode um bárbaro
tornar-se rei?”.

Renascença
de Carlos Magno (Império Carolíngio) trouxe um novo brilho de cultura,
enriquecida pela cosmovisão cristã. O imperador nomeia bispos e abades (às
vezes leigos), pois se interessou pela formação do clero. Aqui começa o cisma
do Oriente.

814-840 –
Luiz Bonachão sucede Carlos Magno – decadência dos francos – o Papa se
enfraquece diante dos senhores feudais e nobres da Itália, que começam a se
impor sobre o imperador ou seja, leigos foram investidos padres, abades,
priores, bispos e cardeais, por solicitação das famílias nobres – investidura
leiga,

787 –
Concílio de CONSTANTINOPLA IV-8º CONCÍLIO ECUMÊNICO

Data: 05/10
de 869 a
28/02 de 870 – Papas: Nicolau I (858-867) e Adriano II (867-872)

Extinção do
cisma do Patriarca de Constantinopla, Fócio, que foi condenado.

O culto das
imagens foi confirmado.

 

 

 

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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