Grupos de anglicanos entrarão na Igreja Católica na Páscoa

Bispos da
Inglaterra e do País de Gales informam sobre a constituição do Ordinariado

LONDRES,
segunda-feira, 22 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – A
Conferência Episcopal da Inglaterra e do País de Gales, depois de sua
Assembléia Plenária, confirmou a criação do Ordinariado, previsto na
Anglicanorum Coetibus para os fiéis anglicanos que desejem unir-se à Igreja
Católica, para janeiro.

De acordo
com este calendário, estes grupos de anglicanos poderão efetivar sua união com
Roma na Páscoa.

Segundo um comunicado da Conferência Episcopal, a implementação da Anglicanorum
Coetibus prevê várias etapas, que começarão no próximo ano e serão concluídas
na festa de Pentecostes de 2011, com a admissão ao sacerdócio dos ministros
anglicanos.

Este processo será realizado em conjunto entre os bispos da Inglaterra e do
País de Gales em colaboração com a Congregação para a Doutrina da Fé. Será este
organismo vaticano que determinará a idoneidade dos candidatos ao sacerdócio
entre os ministros anglicanos que o solicitem.

Os prelados buscam, com estas disposições, “responder com generosidade e
oferecendo cálidas boas-vindas àqueles que buscam a plena comunhão eclesial com
a Igreja Católica no Ordinariado”.

“Os bispos sabem que o clero e os fiéis que estão nesse caminho de fé trarão
seus tesouros espirituais, que enriquecerão ainda mais a vida espiritual da
Igreja Católica na Inglaterra e em Gales”, e farão “todo o possível para que se
estabeleça uma estreita e eficaz colaboração com o Ordinariado tanto no nível
diocesano como no paroquial”.

Renúncias

O processo formal dessa transição começou no dia 8 de novembro, quando cinco
bispos anglicanos: Andrew Burnham, bispo de Ebbsfleet; Keith Newton, bispo de
Richborough; e John Broadhurst, bispo de Fulham; junto com os bispos eméritos
Edwin Barnes, antigo pastor anglicano de Richborough; e o bispo auxiliar David
Silk, de Exeter; anunciaram sua renúncia ao ministério e seu desejo de entrar
na Igreja Católica.

Esses mesmos prelados serão os que começarão o processo: “Cinco bispos
anglicanos que pretendem entrar no Ordinariado já anunciaram sua decisão de
renunciar ao ministério pastoral na Igreja da Inglaterra a partir de 31 de
dezembro de 2010”.

Após a entrada na plena comunhão com a Igreja Católica, no começo de janeiro,
se constituirá o Ordinariado e se anunciará o nome do novo Ordinário, que
poderia ser um desses prelados mencionados.

Depois, os ex-bispos que não estão aposentados e cujas petições tenham sido
aceitas pela Congregação para a Doutrina da Fé serão ordenados para o diaconado
e o sacerdócio católicos.

Estes ministros participarão no segundo passo do processo, que será a admissão
dos grupos anglicanos junto com seus pastores para “ajudar na preparação e
recepção dos antigos clérigos anglicanos e seus fiéis na comunhão plena com a
Igreja Católica, durante a Semana Santa de 2011”.

Os bispos aposentados também poderão se preparar para o sacerdócio e ajudar
nesta tarefa, se o desejarem e a Congregação estiver de acordo.

Páscoa especial

Para a Igreja Católica na Inglaterra  e para os fiéis que desejem aderir a
ela, a próxima Páscoa será “muito especial”, como já se falava na Assembléia
Nacional de Forward in Faith, no passado mês de outubro.

Os clérigos anglicanos e seus grupos de fiéis começarão, antes da Quaresma, “um
período de intensa formação para sua ordenação como sacerdotes católicos”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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