“Delírio” na Educação proposta pelo MEC
O currículo nacional comum proposto pelo MEC, que ainda está em discussão, quer propor a todas as escolas públicas e privadas que deem mais interesse às culturas africana e indígena do que para a europeia. Para o 1º Ano do Ensino Médio, por exemplo, a proposta prevê que pelo menos 60% do conteúdo do currículo seja dedicado a valorizar o protagonismo de ameríndios, africanos, afro-brasileiros e imigrantes em diferentes eventos da história do Brasil. (Fonte: Revista Veja, n. 2454, 02/12/2015; Editado por Katia Perin).
Ora, é um verdadeiro delírio em termos de educação o que propõe o MEC. É claro que é interessante e importante conhecer a história dos índios e da África, elas tem seu valor e merecem ser estudadas, no entanto, obrigar os alunos a se dedicarem mais ao estudo dessas culturas do que a história do Ocidente é um contrassenso, um verdadeiro desvario do que se chama hoje de “politicamente correto”. É lógico que as minorias devem ser respeitadas, e não esmagadas, mas, é preciso um discernimento salutar para não inverter as coisas e destruir o ensino, como tem feito uma estranha ideologia.
Nada justifica uma medida “educacional” desta proposta pelo MEC; é na verdade uma maneira de destruir a cultura Ocidental, a mais bela e frutuosa que o planeta já conheceu. Foi esta cultura que nos deu toda a base do desenvolvimento científico, político, social, moral, acadêmico, filosófico, teológico, religioso e de toda a literatura do qual o Oriente se orgulha. Desde a queda do Império romano (476) a Igreja moldou esta civilização Ocidental dando a ela tudo de bom que ela tem.
Foi a civilização Ocidental que nos deu uma moral elevada que dignificou a mulher, que implantou a caridade no mundo, que aboliu as práticas horrorosas dos gladiadores, dos infanticídios, dos duelos, etc.
Foi no Ocidente que surgiu, pelas mãos da Igreja católica, as primeiras universidades do mundo, a partir do ano 1000: Bolonha, Oxford, Cambridge, Salamanca, Montpellier, Sorbonne, La Sapienza, Compostela, Coimbra, etc., etc., etc., onde se estudava medicina, teologia, música, astronomia, gramática, oratória, retórica, dialética, aritmética, geometria, trigonometria… Nelas se cultivava o “trivium” (gramática, dialética e retórica) e o “quadrivium” (artimética, geometria, astronomia e música).
Foram nessas universidades do Ocidente que estudaram personagens negros e índios como o atual presidente dos EUA, como o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, e muitos outros ilustres personagens de nossa História. Só para dar um exemplo do alto nível da cultura Ocidental, basta dizer que até 1440 foram erigidas na Europa 55 Universidades e 12 Institutos de ensino superior, onde se ministravam cursos de Direito, Medicina, Línguas, Artes, Ciências, Filosofia e Teologia, fundados pela Igreja. Em 1200 a universidade de Bolonha tinha dez mil estudantes (italianos, lombardos, francos, normandos, provençais, espanhóis, catalães, ingleses germanos, etc.).
Para o Papa Inocêncio IV (1243-1254) a Universidade era o “Rio da ciência que rege e fecunda o solo da Igreja universal”, e Alexandre IV (1254-1261) a chamava de: “Luzeiro que resplandece na Casa de Deus” (Daniel Rops, História da Igreja, vol III, p.348).
Foi a cultura Ocidental que iniciou o grande desenvolvimento a agricultura, pelos monges. Henry Goodell (1901), presidente da Faculdade de Agricultura de Massachussets disse que: “O trabalho desses grandes monges durante um período de 1500 anos salvaram a agricultura quando ninguém mais poderia fazê-lo… quando ninguém mais podia cuidar”.
Foi na cultura Ocidental que surgiram quase a totalidade das grandes invenções do homem, fruto da liberdade de consciência e de pensamento: o automóvel, o avião, o relógio, o uso do gás, do petróleo, dá água para gerar energia, do telefone, do rádio, do telegrafo, do motor a gasolina e diesel, o uso do carvão, toda a tecnologia industrial, o uso dos minérios, a conquista do espaço, a cura de doenças terríveis como a lepra, as gripes, e tantas outras doenças que escravizavam o homem. Foi nesta Civilização que surgiu o trem levitado, o computador, o braço mecânico, as leis trabalhistas, as santas casas de misericórdia… etc., etc., etc..
Será que agora vamos ocultar tudo isso aos nossos filhos, deixá-los à margem da história da Civilização e do progresso, em nome de ideologias espúrias, com interesses mal disfarçados.
Prof. Felipe Aquino