Feminismo ideológico e teologia da mulher

símbolo-femininoDom Juan Antonio Reig Pla, que é  bispo de Alcalá de Henares, durante a apresentação do livro “A teologia feminista: significado e avaliação” (de Manfred Hauke), fez uma análise do feminismo, mostrando o perigo dessa ideologia que passou da igualdade ao radicalismo.

Dom Reig explicou o início da “dialética dos sexos” marxista e a figura de Simone de Beauvoir, “que une as raízes marxistas ao liberalismo, entendido como exaltação do indivíduo autônomo, partindo da liberdade individual como determinante de tudo”.

Nesta linha, ele explicou que os protestos estudantis de 1968, a revolução sexual, a ideologia de gênero desconstrutiva, a Nova Era e o ecologismo são o “coquetel” do feminismo atual. Falando sobre a “teologia da mulher”, explicou que esse feminismo tem uma vontade de voltar a abordar desde a raiz todo o sistema teológico: o conceito de Deus, a antropologia, a cristologia-soteriologia, a mariologia, a eclesiologia, a liturgia, a escatologia, etc., interpretando tudo em chave nova e falsa. E, no âmbito cultural, promovem o aborto, o ataque ao casamento monogâmico e indissolúvel e a maternidade. Deixou claro que “o feminismo ideológico é um passo a mais no processo de desconstrução da pessoa”, aproximando-se das teorias Queer e Cyborg.

Dom Reig disse que é necessário apresentar de maneira clara a proposta da Igreja, segundo o rico magistério dos papas: “Chegou a hora de a vocação da mulher se cumprir em plenitude”. “Os próprios dons da mulher precisam ser realizados em fidelidade à Sagrada Escritura, à tradição e ao Magistério da Igreja”.

Dom Juan afirmou quatro verdades inevitáveis: cada um dos sexos é imagem do poder e da ternura de Deus; a unidade substancial corpo-espírito; a diferença sexual não é um acidente; o aprofundamento na contribuição da mulher não passa pela sua clericalização. Ele pediu, então, às mulheres verdadeiramente cristãs, “que sejam promotoras de um novo feminismo, que, sem cair na tentação de seguir modelos machistas, saiba reconhecer e expressar o verdadeiro espírito feminino. Destacou também o “gênio feminino”.

Dom Reig não deixou de dizer que: “A Igreja também tem uma palavra para as pessoas que defendem os postulados do feminismo radical: elas merecem respeito e amor. É preciso propor-lhes a verdade, com caridade, e orar por elas”. “Amor e verdade são dois nomes da mesma realidade, dois nomes de Deus”.

Fonte:http://www.aleteia.org/pt/sociedade/artigo/feminismo-ideologico-um-passo-a-mais-na-desconstrucao-da-pessoa-5885890895282176

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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