Família e paróquia devem promover vocações, diz Papa

Divulgada
hoje a mensagem para o 48º Dia Mundial das Vocações

CIDADE DO
VATICANO, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) – As
famílias e as paróquias devem incentivar os jovens que sentem um chamado
vocacional, precisamente neste momento em que responder a este chamado pode
parecer mais difícil, considera o Papa Bento XVI.

A Santa Sé
deu a conhecer hoje a Mensagem papal para o Dia Mundial das Vocações, que será
comemorado em 15 de maio, quarto domingo da Páscoa, com o tema “Propor as
vocações na Igreja local”.

Na
mensagem, o Papa insiste na responsabilidade das famílias, paróquias e
associações na promoção das vocações.

“Especialmente
neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por ‘outras vozes’ e a
proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil,
cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o
compromisso de promover as vocações”, afirma.

Bento XVI
insiste na importância de “encorajar e apoiar aqueles que mostram claros
sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa”, para que
estes “sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu ‘sim’
a Deus e à Igreja”.

Por isso,
pede “que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à
pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo”.

É necessário
ajudar as crianças e jovens a amadurecerem “uma amizade genuína e afetuosa
com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta
atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente
com as Sagradas Escrituras”.

É preciso
que compreendam “que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a
pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si
mesmos”, sublinha.

Também é
preciso ajudá-los para que vivam “a gratuidade e a fraternidade nas
relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra
a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações”.

Particularmente,
o Santo Padre fala aos que estão diretamente envolvidos no discernimento
vocacional dos jovens: sacerdotes, famílias, catequistas e animadores.

“Aos
sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o
Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos
novos rebentos de vocações sacerdotais.”

Às
famílias, pede que “sejam animadas pelo espírito de fé, de caridade e
piedade, capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade,
o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada”.

“Os
catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos
eclesiais de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si
confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina.”

O Papa se
dirige também aos bispos, recordando-lhes a importância de promover “o
mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as
missionárias”.

“O
Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamamento possa chegar aos
corações de quem Ele escolheu”, diz aos bispos, ao mesmo tempo em que
recomenda: “Cuidadosamente, escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano
de Vocações”.

Também lhes
recorda “a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa
dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez
de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui,
para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente
às necessidades da Igreja inteira”.

“‘Propor
as vocações na Igreja local’ significa ter a coragem de indicar, através de uma
pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de
Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida”, afirma o
Papa.

Por último,
o Pontífice diz que a capacidade de cultivar as vocações “é sinal
característico da vitalidade de uma Igreja local” e convida cada
comunidade local a difundir “a disponibilidade para dizer ‘sim’ ao Senhor,
que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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