Exortação Apostólica Familiaris Consortio – Papa João Paulo II (Parte 1)

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA FAMILIARIS CONSORTIO  DE SUA SANTIDADE  JOÃO PAULO II  AO EPISCOPADO  AO CLERO E AOS FIÉS  DE TODA A IGREJA CATÓLICA  SOBRE A FUNÇÃO DA FAMÍLIA CRISTÃ NO MUNDO DE HOJE

 

INTRODUÇÃO

A Igreja ao serviço da
família

1. A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que
outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e
rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem esta
situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto
familiar. Outras tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres, ou
ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da
vida conjugal e familiar. Outras, por fim, estão impedidas por variadas
situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamenta.

Consciente de que o
matrimónio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, a
Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já
o valor do matrimónio e da família, procura vivê-lo fielmente, a quem, incerto
e ansioso, anda à procura da verdade e a quem está impedido de viver livremente
o próprio projecto familiar. Sustentando os primeiros, iluminando os segundos e
ajudando os outros, a Igreja oferece o seu serviço a cada homem interessado nos
caminhos do matrimónio e da família.

Dirige-se particularmente
aos jovens, que estão para encetar o seu caminho para o matrimónio e para a
família, abrindo-lhes novos horizontes, ajudando-os a descobrir a beleza e a
grandeza da vocação ao amor e ao serviço da vida.

O Sínodo de 1980 na
continuidade dos Sínodos precedentes

2. Um sinal deste profundo
interesse da Igreja pela família foi o último Sínodo dos Bispos celebrado em
Roma de 26 de Setembro a 25 de Outubro de 1980. Este foi uma continuação
natural dos dois precedentes: a família cristã, de facto, é a primeira
comunidade chamada a anunciar o Evangelho à pessoa humana em crescimento e a
levá-la, através de uma catequese e educação progressiva, à plenitude da
maturidade humana e cristã.

Mas não só. O recente Sínodo
liga-se também idealmente de alguma forma com os anteriores sobre o Sacerdócio
ministerial e sobre a justiça no mundo contemporâneo. Na verdade, enquanto
comunidade educativa, a família deve ajudar o homem a discernir a própria
vocação e a assumir o empenho necessário para uma maior justiça, formando-o
desde o início, para relações interpessoais, ricas de justiça e de amor.

Os Padres Sinodais, como
conclução da última Assembleia, apresentaram-me um amplo elenco de propostas,
que recolhem os frutos das reflexões desenvolvidas no curso de jornadas de
intenso trabalho, e pediram-me com voto unânime fazer-me intérprete diante da
humanidade da viva solicitude da Igreja pela família, e de oferecer indicações
para um renovado empenhamento pastoral neste sector fundamental da vida humana
e eclesial.

Ao cumprir tal tarefa com a
presente Exortação, como uma actuação peculiar do ministério apostólico que me
foi confiado, desejo exprimir a minha gratidão a todos os participantes no
Sínodo pelo contributo precioso de doutrina e de experiência, que puseram à
minha disposição mediante as «Propositiones», cujo texto confio ao Conselho
Pontifício para a Família, dispondo que aprofunde o estudo a fim de valorizar
cada aspecto das riquezas que contém.

O bem precioso do matrimónio
e da família

3. A Igreja, iluminada pela fé, que lhe faz conhecer toda
a verdade sobre o precioso bem do matrimónio e da família e sobre os seus
significados mais profundos, sente mais uma vez a urgência de anunciar o
Evangelho, isto é, a «Boa Nova» a todos indistintamente, em particular a todos
aqueles que são chamados ao matrimónio e para ele se preparam, a todos os
esposos e pais do mundo.

Ela está profundamente
convencida de que só com o acolhimento do Evangelho encontra realização plena
toda a esperança que o homem põe legitimamente no matrimónio e na família.

Queridos por Deus com a
própria criação, o matrimónio e a família estão interiormente ordenados a
complementarem-se em Cristo e têm necesidade da sua graça para serem curados
das feridas do pecado e conduzidos ao seu «princípio», isto é, ao conhecimento
pleno e à realização integral do desígnio de Deus.

Num momento histórico em que
a família é alvo de numerosas forças que a procuram destruir ou de qualquer
modo deformar, a Igreja, sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está
profundamente ligado ao bem da família, sente de modo mais vivo e veemente a
sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimónio e sobre a
família, para lhes assegurar a plena vitalidade e promoção humana e cristã,
contribuindo assim para a renovação da sociedade e do próprio Povo de Deus.

PRIMEIRA PARTE

LUZES E SOMBRAS DA FAMÍLIA
DE HOJE

Necessidade de conhecer a
situação

4. Uma vez que o desígnio de
Deus sobre o matrimónio e sobre a família visa o homem e a mulher no concreto
da sua existência quotidiana, em determinadas situações sociais e culturais, a
Igreja, para cumprir a sua missão, deve esforçar-se por conhecer as situações
em que o matrimónio e a família se encontram hoje.

Este conhecimento é,
portanto, uma exigência imprescindível para a obra de evangelização. É na
verdade, às famílias do nosso tempo que a Igreja deve levar o imutável e sempre
novo Evangelho de Jesus Cristo, na forma em que as famílias se encontram
envolvidas nas presentes condições do mundo, chamadas a acolher e a viver o
projecto de Deus que lhes diz respeito. Não só, mas os pedidos e os apelos do
Espírito ressoam também nos acontecimentos da história, e, portanto, a Igreja
pode ser guiada para uma intelecção mais profunda do inexaurível mistério do
matrimónio e da família a partir das situações, perguntas, ansiedades e
esperanças dos jovens, dos esposos e dos pais de hoje.

Deve ainda juntar-se a isto
uma reflexão ulterior de particular importância no tempo presente. Não
raramente ao homem e à mulher de hoje, em sincera e profunda procura de uma
resposta aos graves e diários problemas da sua vida matrimonial e familiar, são
oferecidas visões e propostas mesmo sedutoras, mas que comprometem em medida
diversa a verdade e a dignidade da pessoa humana. É uma oferta frequentemente
sustentada pela potente e capilar organização dos meios de comunicação social,
que põem subtilmente em perigo a liberdade e a capacidade de julgar com
objectividade.

Muitos, já cientes deste
perigo em que se encontra a pessoa humana, empenham-se pela verdade. A Igreja,
com o seu discernimento evangélico, une-se a esses, oferecendo-lhes o seu
serviço em prol da verdade, da liberdade e da dignidade de cada homem e de cada
mulher.

O discernimento evangélico

5. O discernimento realizado
pela Igreja torna-se oferta para orientação que salvaguarde e realize a inteira
verdade e a plena dignidade do matrimónio e da família.

Este discernimento atinge-se
pelo sentido da fé, dom que o Espírito Santo concede a todos os fiéis, e é,
portanto, obra de toda a Igreja, segundo a diversidade dos vários dons e
carismas que, ao mesmo tempo e segundo a responsabilidade própria de cada um,
cooperam para uma mais profunda compreensão e actuação da Palavra de Deus. A
Igreja, portanto, não realiza o discernimento evangélico próprio só por meio
dos pastores, os quais ensinam em nome e com o poder de Cristo, mas também por
meio dos leigos: Cristo «constituiu-os testemunhas, e concedeu-lhes o sentido
da fé e o dom da palavra (cfr. Act. 2, 17-18; Apoc. 19, 10) a fim de que a
força do Evangelho resplandeça na vida quotidiana, familiar e social». Os
leigos, em razão da sua vocação particular, têm o dever específico de interpretar
à luz de Cristo a história deste mundo, enquanto são chamados a iluminar e
dirigir as realidades temporais segundo o desígnio de Deus Criador e Redentor.

O «sentido sobrenatural da
fé» não consiste, porém, somente ou necessariamente no consenso dos fiéis. A
Igreja, seguindo a Cristo, procura a verdade, que nem sempre coincide com a
opinião da maioria. Escuta a consciência e não o poder e nisto defende os
pobres e desprezados. A Igreja pode apreciar também a investigação sociológica
e estatística quando se revelar útil para a compreensão do contexto histórico
no qual a acção pastoral deve desenrolar-se e para conhecer melhor a verdade;
tal investigação, porém, não pode ser julgada por si só como expressão do
sentido da fé.

Porque é dever do ministério
apostólico assegurar a permanência da Igreja na verdade de Cristo e
introduzi-la sempre mais profundamente, os Pastores devem promover o sentido da
fé em todos os fiéis, avaliar e julgar com autoridade a genuinidade das suas
expressões, educar os crentes para um discernimento evangélico sempre mais
amadurecido.

Para a elaboração de um
autêntico discernimento evangélico nas várias situações e culturas em que o
homem e a mulher vivem o seu matrimónio e a sua vida familiar, os esposos e os
pais cristãos podem e devem oferecer um seu próprio e insubstituível
contributo. A esta tarefa habilita-os o carisma ou dom próprio, o dom do
sacramento do matrimónio.

A situação da família no
mundo de hoje

6. A situação em que se encontra a família apresenta
aspectos positivos e aspectos negativos: sinal, naqueles, da salvação de Cristo
operante no mundo; sinal, nestes, da recusa que o homem faz ao amor de Deus.

Por um lado, de facto,
existe uma consciência mais viva da liberdade pessoal e uma maior atenção à
qualidade das relações interpessoais no matrimónio, à promoção da dignidade da
mulher, à procriação responsável, à educação dos filhos; há, além disso, a
consciência da necessidade de que se desenvolvam relações entre as famílias por
uma ajuda recíproca espiritual e material, a descoberta de novo da missão
eclesial própria da família e da sua responsabilidade na construção de uma
sociedade mais justa. Por outro lado, contudo, não faltam sinais de degradação
preocupante de alguns valores fundamentais: uma errada concepção teórica e
prática da independência dos cônjuges entre si; as graves ambiguidades acerca
da relação de autoridade entre pais e filhos; as dificuldades concretas, que a
família muitas vezes experimenta na transmissão dos valores; o número crescente
dos divórcios; a praga do aborto; o recurso cada vez mais frequente à
esterilização; a instauração de uma verdadeira e própria mentalidade
contraceptiva.

Na raiz destes fenómenos
negativos está muitas vezes uma corrupção da ideia e da experiência de
liberdade concebida não como capacidade de realizar a verdade do projecto de
Deus sobre o matrimónio e a família, mas como força autónoma de afirmação, não
raramente contra os outros, para o próprio bem-estar egoístico.

Merece também a nossa
atenção o facto de que, nos países do assim chamado Terceiro Mundo, faltem
muitas vezes às famílias quer os meios fundamentais para a sobrevivência, como
o alimento, o trabalho, a habitação, os medicamentos, quer as mais elementares
liberdades. Nos países mais ricos, pelo contrário, o bem-estar excessivo e a
mentalidade consumística, paradoxalmente unida a uma certa angústia e incerteza
sobre o futuro, roubam aos esposos a generosidade e a coragem de suscitarem
novas vidas humanas: assim a vida é muitas vezes entendida não como uma bênção,
mas como um perigo de que é preciso defender-se.

A situação histórica em que
vive a família apresenta-se, portanto, como um conjunto de luzes e sombras.

Isto revela que a história
não é simplesmente um progresso necessário para o melhor, mas antes um
acontecimento de liberdade, e ainda um combate entre liberdades que se opõem
entre si; segundo a conhecida expressão de Santo Agostinho, um conflito entre
dois amores: o amor de Deus impelido até ao desprezo de si, e o amor de si
impelido até ao desprezo de Deus.

Segue-se que só a educação
para o amor, radicada na fé, pode levar a adquirir a capacidade de interpretar
«os sinais dos tempos», que são a expressão histórica deste duplo amor.

O influxo da situação na
consciência dos fiéis

7. Vivendo em tal mundo, sob
pressões derivadas sobretudo dos mass-media, nem sempre os fiéis souberam e
sabem manter-se imunes diante do obscurecimento dos valores fundamentais e pôr-
se como consciência crítica desta cultura familiar e como sujeitos activos da
construção de um humanismo familiar autêntico.

Entre os sinais mais
preocupantes deste fenómeno, os Padres Sinodais sublinharam, em particular, o
difundir-se do divórcio e do recurso a uma nova união por parte dos mesmos
fiéis; a aceitação do matrimónio meramente civil, em contradição com a vocação
dos baptizados «a casarem-se no Senhor»; a celebração do sacramento do
matrimónio sem uma fé viva, mas por outros motivos; a recusa das normas morais
que guiam e promovem o exercício humano e cristão da sexualidade no matrimónio.

A nossa época tem
necessidade de sabedoria

8. Põe-se assim a toda a
Igreja o dever de uma reflexão e de um empenho bastante profundo, para que a
nova cultura emergente seja intimamente evangelizada, sejam reconhecidos os
verdadeiros valores, sejam defendidos os direitos do homem e da mulher e seja
promovida a justiça também nas estruturas da sociedade. Em tal modo o «novo
humanismo» não afastará os homens da sua relação com Deus, mas conduzi-los-á
para Ele mais plenamente.

Na construção de tal
humanismo, a ciência e as suas aplicações técnicas oferecem novas e imensas
possibilidades. Todavia, a ciência, em consequência de posições políticas que
decidem a direcção de investigações e aplicações, é muitas vezes usada contra o
seu significado originário, a promoção da pessoa humana.

Torna-se, portanto,
necessário recuperar por par te de todos a consciência do primado dos valores
morais, que são os valores da pessoa humana como tal. A nova compreensão do
sentido último da vida e dos seus valores fundamentais é a grande tarefa que se
impõe hoje para a renovação da sociedade. Só a consciência do primado destes
valores consente um uso das imensas possibilidades colocadas nas mãos do homem
pela ciência, que vise verdadeiramente a promoção da pessoa humana na sua
verdade integral, na sua liberdade e dignidade. A ciência é chamada a juntar-se
à sabedoria.

Podem aplicar-se aos
problemas da família as palavras do Concílio Vaticano II: «Mais do que os
séculos passados, o nosso tempo precisa de uma tal sabedoria, para que se
humanizem as novas descobertas dos homens. Está ameaçado, com efeito, o destino
do mundo, se não surgirem homens cheios de sabedoria».

A educação da consciência
moral, que faz o homem capaz de julgar e discernir os modos aptos para a sua
realização segundo a verdade originária, torna-se assim uma exigência
prioritária e irrenunciável.

É a aliança com a sabedoria
divina que deve ser mais profundamente reconstituída na cultura moderna. De tal
Sabedoria cada homem foi feito participante pelo mesmo gesto criador de Deus. E
é só na fidelidade a esta aliança que as famílias de hoje estarão em grau de
influenciar positivamente na construção de um mundo mais justo e fraterno.

Gradualidade e conversão

9. Todos devemos opor-nos
com uma conversão da mente e do coração, seguindo a Cristo Crucificado, no
dizer não ao próprio egoísmo, à injustiça originada pelo pecado – profundamente
penetrado também nas estruturas do mundo de hoje – e que muitas vezes obsta a
família na plena realização de si mesma e dos seus direitos fundamentais. Uma
semelhante conversão não poderá deixar de ter influência benéfica e renovadora
mesmo sobre as estruturas da sociedade.

É pedida uma conversão
contínua, permanente, que, embora exigindo o afastamento interior de todo o mal
e a adesão ao bem na sua plenitude, se actua concretamente em passos que
conduzem sempre para além dela. Desenvolve-se assim um processo dinamico, que
avança gradualmente com a progressiva integração dos dons de Deus e das
exigências do seu amor definitivo e absoluto em toda a vida pessoal e social do
homem. É, por isso, necessário um caminho pedagógico de crescimento, a fim de
que os fiéis, as famílias e os povos, antes, a própria civilização, daquilo que
já receberam do Mistério de Cristo, possam ser conduzidos pacientemente mais
além, atingindo um conhecimento mais rico e uma integração mais plena deste
mistério na sua vida.

«Inculturação»

10. É de facto conforme à
tradição constante da Igreja recolher das culturas dos povos tudo aquilo que é em
grau de exprimir melhor as inexauríveis riquezas de Cristo. Só com o concurso
de todas as culturas, tais riquezas poderão manifestar-se sempre mais
claramente e a Igreja poderá caminhar para um conhecimento cada dia mais
completo e aprofundado da verdade, que já lhe foi inteiramente oferecida pelo
seu Senhor.

Tendo firme o duplo
princípio da compatibilidade das várias culturas a assumir com o Evangelho e da
comunhão com a Igreja universal, deverá prosseguir-se no estudo –
particularmente por parte das Conferências episcopais e dos Dicastérios
competentes da Cúria Romana – e no empenhamento pastoral para que esta
«inculturação» da fé cristã se realize sempre mais amplamente também no âmbito
do matrimónio e da família.

É mediante a «inculturação»
que se caminha para a reconstituição plena da aliança com a Sabedoria de Deus,
que é o próprio Cristo. A Igreja inteira será enriquecida também por aquelas
culturas que, embora carentes de tecnologia, são ricas em sabedoria humana e
vivificadas por profundos valores morais.

Para que seja clara a meta
deste caminho e, por conseguinte, seguramente indicada a estrada, o Sínodo, em
primeiro lugar e em profundidade considerou justamente o projecto originário de
Deus acerca do matrimónio e da família: quis «retornar ao princípio» em
obséquio ao ensinamento de Cristo.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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