Europa deve se mobilizar contra discriminação de cristãos

Massimo
Introvigne pede “exame de consciência coletivo”

BELGRADO,
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) – “Um exame de consciência coletivo, para
uma aproximação exigente da Europa ao problema da proteção das minorias cristãs
em vários países” é a proposta de Massimo Introvigne frente ao o drama da
discriminação e perseguição de cristãos no mundo.

Introvigne,
representante, desde 5 de janeiro, da Organização para a Segurança e Cooperação
na Europa (OSCE) para combater o racismo, a xenofobia, a discriminação e a
intolerância contra os cristãos e membros de outras religiões, interveio, na
última sexta-feira, na reunião anual do Comitê Misto da Conferência das Igrejas
Europeias (KEK) e do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que
terminou ontem em Belgrado (Sérvia).

Em seu
discurso, destacou as dificuldades na aplicação da liberdade religiosa, com
base em duas intervenções do Papa Bento XVI: a
Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2011
e o último
discurso ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé
.

Dirigindo-se
aos embaixadores, explicou Introvigne, o Papa apontou várias ameaças à
liberdade religiosa, entre as quais se destaca a “cristianofobia”,
que invadiu o Ocidente e que leva a “pretender que os cristãos, no
exercício da sua profissão, ajam sem referência às suas convicções religiosas e
morais, e até mesmo em contradição com elas, como, por exemplo, onde estão em
vigor leis que limitam o direito à objeção de consciência dos profissionais de
saúde ou de certos agentes da lei, especialmente em questões como o
aborto”.

A
“cristianofobia”, continuou Introvigne, “manifesta-se também em
ameaças à liberdade de educação e na aversão administrativa a escolas
cristãs”, ou na imposição da participação na educação sexual ou civil que,
como disse o Papa, “transmitem concepções da pessoa e da vida supostamente
neutras, mas na verdade refletem uma antropologia contrária à fé e reta
razão”.

Outros
desafios

O
especialista recordou também outras ameaças à liberdade religiosa, começando pelo
fato de que esta “é muitas vezes confundida com o relativismo, isto é, com
a tese de que não existe uma verdade religiosa e de que a escolha de uma
religião ou de outra seja mais grave ou menos indiferente”, bem como o
desejo de “confinar a religião a uma dimensão puramente privada”.

Outro risco
“é o fundamentalismo islâmico”, além dos “ataques contra
cristãos por parte de fundamentalistas hindus ou budistas”, acrescentou.

Finalmente,
“existem ainda os regimes comunistas, no sentido mais estrito e duro do
termo”.

Da reunião
em Belgrado, surgiu uma carta à Lady Catherine Ashton, representante para a
Política Externa da União Europeia, assinada pelas igrejas participantes, na
qual se lamenta a impossibilidade encontrada até agora na União Europeia de
aprovar uma resolução contra as perseguições dos cristãos no mundo, que
mencione explicitamente a palavra “cristãos”; na carta, também se
pede que tal resolução seja aprovada na cúpula europeia de 21 de fevereiro.

(Roberta
Sciamplicotti)

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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