EUA: mulher processa Conferência Episcopal por negar tratamento abortivo

bandeira-dos-eua-asteada-1332297191O site Zenit.org informou nesta terça-feira (10/12/13) que uma mulher do estado de Michigan, nos Estados Unidos, está processando a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) com base na alegação de que procurou um hospital católico por causa de complicações na gravidez e a instituição se recusou a lhe prestar um tratamento abortivo.

A ação, movida por Tamesha Means, aponta que as diretrizes do hospital, contrárias ao aborto e apoiadas por instituições católicas, “nega às mulheres grávidas que sofrem abortos involuntários um cuidado médico apropriado, incluindo informações sobre a sua condição e opções de tratamento”.

Diante das acusações, o presidente da USCCB, dom Joseph Kurtz, respondeu publicamente que a perda de uma vida é sempre uma tragédia e que os detalhes específicos do caso serão tratados com as pessoas diretamente afetadas.

O prelado avisou ainda que a Igreja no país continuará ensinando a sua doutrina em defesa da vida, “doa a quem doer”.

Além disso, o arcebispo disse que “a alegação não tem fundamento. “As diretrizes da Igreja ” exige um cuidado respeitoso e compassivo das mães e seus filhos, durante e após a gravidez”, esclareceu ele .

O presidente da USCCB explicou que a rejeição do aborto pela Igreja corresponde à defesa da dignidade de toda vida humana, vinculada à defesa de todos os demais direitos humanos. E que isto motivou que os católicos tenham estabelecido “a maior rede de serviços de saúde sem fins lucrativos da nação”. Esta rede oferece atendimento de alta qualidade para mães e crianças, incluindo aquelas que não têm recursos financeiros suficientes.

“A Igreja afirma que toda a vida humana, antes e após o nascimento, tem dignidade inerente, e que os prestadores de cuidados de saúde têm a obrigação resultante de respeitar a dignidade de todos os seus pacientes”, disse Mons. Kurtz. Da mesma forma, a rejeição ao aborto está presente no juramento Hipocrático, que deu origem ao conceito mesmo da medicina como profissão, observou.

Para o prelado, a pretensão de que os bispos possam ser processados, como pretende a demanda, por apoiar esta doutrina seria uma clara violação aos princípios da primeira emenda da constituição dos Estados Unidos.

Mons. Joseph Kurtz concluiu dizendo que a presença dos católicos na área da saúde traz um grande benefício para a sociedade e é um refúgio para as mães e seus filhos não nascidos independentemente de suas condições econômicas. “A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA continuará defendendo estes princípios oportunamente e inoportunamente, e nos defenderemos deste processo, assegurou. (Para mais informações: http://www.usccb.org/news/2013/13-232.cfm)

Fonte: http://www.zenit.org/pt/articles/eua-mulher-processa-conferencia-episcopal-por-negar-tratamento-abortivo

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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