Desconhecimento da Doutrina Social da Igreja afeta o desempenho dos leigos, adverte perito

ppfernandofuentes110913ceespanaSegundo o site ACI/EWTN Noticias (13/09/13), o Pe. Fernando Fuentes, diretor do Secretariado da Comissão Episcopal da Pastoral Social da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), afirmou que a Doutrina Social da Igreja é um “âmbito nuclear para a vida da Igreja”, no entanto, alertou que seu desconhecimento está afetando o desempenho dos leigos na vida pública de seus países.

Em declarações à agência SIC, o sacerdote se referiu ao Mestrado em Doutrina Social da Igreja organizado pela Comissão Episcopal da Pastoral Social em colaboração com a Fundação Paulo VI e a Universidade Pontifícia de Salamanca; uma iniciativa online que, segundo Fuentes, pretende aprofundar no conhecimento deste aspecto social da Igreja que às vezes é pouco conhecido por falta de formação dos católicos.

Este mestrado já vem sendo realizado há 20 anos em alguns países da América Latina, e é que conforme assegurou o diretor do Secretariado da Comissão Episcopal da Pastoral Social, “a Doutrina Social da Igreja é uma das grandes desconhecidas pelos católicos”. Explicou que se trata de “falta de formação no âmbito doutrinal no clero e também entre os leigos, o qual está incidindo na debilidade da presença do laicato na vida pública e em uma presença na ação social que nem sempre tem uma fundamentação nesta referência doutrinal”.

Para o Pe. Fuentes, a Doutrina Social da Igreja se trata de um “âmbito nuclear para a vida da Igreja” e assegurou que “quando se apresenta àqueles que fazem o curso, eles se surpreendem pela novidade do pensamento social da Igreja”. Ele ainda explicou que, para discernir as questões sociais desde a experiência cristã e com colocações morais são necessários recursos que normalmente são pouco conhecidos e que se explicam neste mestrado, e que os 200 alunos que o cursaram em seus 20 anos de história aprendem e depois aplicam como professores de doutrina social da Igreja, técnicos do Caritas e de Mãos Unidas, responsáveis por pastoral operária e de associações e movimentos eclesiais, políticos, sindicalistas.

A situação atual de crise social e econômica expõe desafios muito específicos para os cristãos, por isso o Pe. Fuentes recordou que Bento XVI já o advertia em sua encíclica Deus Caritas Est, onde destacou “que a Igreja tem o dever de oferecer, mediante a purificação da razão e a formação ética, sua contribuição específica, para que as exigências da justiça sejam compreensíveis e politicamente realizáveis”. Explicou que se trata de “uma tarefa que requer bons itinerários educativos e testemunho de solidariedade, como já está sendo feito em muitas comunidades cristãs”.

Conforme afirmou o Pe. Fuentes, Cáritas, Mãos Unidas e as obras das congregações religiosas são algumas das respostas das necessidades sociais, coordenadas da Comissão Episcopal da Pastoral Social já que “para a Igreja, a caridade pertence a sua natureza e a sua essência, não é uma espécie de assistência social. Por isso o testemunho da caridade se transforma também em ‘caridade política’, chega a todos os rincões da vida e atende às pessoas de modo integral”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26031

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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