Bispos
pedem ajuda à Europa e ao governo do Iraque
BAGDÁ,
segunda-feira, 8 de novembro de 2010 (ZENIT.org) –
“Este último ataque terrorista fez aumentar o medo e contribuiu para destruir a
esperança”. Foi o que disse Dom Jean Sleiman, arcebispo latino de Bagdá, ao
comentar o massacre de 31 de outubro.
Em uma
entrevista a AIS (Ajuda à Igreja que Sofre), o prelado reconheceu o terrível
impacto que o ataque teve nos cristãos iraquianos.
“Os
cristãos estão profundamente assustados. Mas tentam superar essa horrível
experiência”, disse.
No domingo
31 de outubro, um grupo de nove terroristas do “Estado Islâmico do Iraque”
protagonizou o massacre na igreja católica síria de Nossa Senhora do Socorro,
em Bagdá, com um balanço final de 58 mortos, entre eles três sacerdotes e
várias crianças.
Nos dias
seguintes, uma série de atentados indiscriminados contra a população civil
deixou 64 mortos e 200 feridos.
Proteção
Segundo
informa hoje L’Osservatore Romano, uma delegação de bispos cristãos
manteve nesse domingo um encontro com o primeiro ministro iraquiano, Nuri
al-Maliki.
A delegação
católica estava liderada pelo cardeal Emmanuel III Delly, patriarca de Babilônia
dos Caldeus, e pelo arcebispo católico sírio de Bagdá, Athanase Matti Shaba
Matoka.
Durante a
reunião, o primeiro ministro pediu aos representantes cristãos que vigiem suas
próprias igrejas em parceria com as forças de segurança nacionais.
Em
declarações a Rádio Vaticano, Dom Shaba Matoka pediu ajuda urgente à
Europa. “Pedimos que a Europa se ocupe dos cristãos no Oriente Médio. Nós
queremos manter nossa presença no Iraque”.
Esse ataque
“destruiu todas as nossas esperanças. Agora é muito difícil que as pessoas
fiquem”, disse.
O arcebispo
latino de Bagdá, Dom Sleiman, disse que os atentados evidenciam que os cristãos
estão em uma situação muito perigosa.