Cristão, luz do mundo e sal da terra

Jesus disse que o cristão deve ser o “sal da terra” e a “luz do mundo” (cf. Mt 5,13.14). O mundo vive nas trevas do pecado, por isso Jesus veio para eliminar essa escuridão e nos devolver a luz divina. Ele é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1, 29). Jesus veio para “arrancar o pecado do mundo”, através do qual Satanás domina o homem, o acorrenta, o destrói e o lança nas trevas; pois, “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).

Disse o profeta: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Is 9,1). Dois reinos se digladiam, o da luz e o das trevas. São Paulo pergunta: “Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas? Que acordo entre Cristo e Belial?” (2 Cor 6,14-15). O Apóstolo lembra-nos ainda que: “Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1,12-13).

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Todo cristão é um profeta

Assim como a Lua reflete sobre a Terra a luz do Sol, o cristão é aquele que sobre a humanidade reflete a luz de Cristo; sem medo das trevas, obedecendo o Senhor, mostrando a Sua Verdade que liberta, sem medo e sem diminui-la ou enfraquece-la, para agradar as pessoas. “Não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte” (Mt 5,14). São Paulo disse que os cristãos são os “filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e perversa, no seio da qual brilhais como astros no mundo, mensageiros da Palavra da vida” (Fl 2, 14-15).

São João Paulo II disse na Encíclica “Redemptor Hominis” que: “Sem Jesus Cristo, o homem permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável”.

Assim como o sal conserva o alimento, o cristão dever guardar a Verdade e o Bem. O Papa Francisco disse em Sarajevo que: “o religioso mundano não serve”. Todo cristão é um religioso, e se é dominado pelo mundo, se perde. O cristão pode ser tentado a adaptar-se ao “gosto da maioria”, como se a Verdade e o Bem dependessem de plebiscito. “Se o sal perder o seu sabor, com que o salgarão? Servirá apenas para ser jogado fora e pisado” (Mt 5, 13).

O papel do cristão é único, insubstituível. Se o cristão falha na sua fidelidade à mensagem do Evangelho, deixa uma lacuna que ninguém poderá preencher. Ele é chamado a renovar a sociedade, comunicando-lhe os valores de Deus. A presença de um cristão fiel e santo estimula os irmãos a se converterem. Pode até implicar zombaria e escárnio para o irmão ou a irmã fiel, mas é tarefa valiosa. Bento XVI disse que hoje devemos estar preparados para enfrentar o “martírio da ridicularização”. Mais do que nunca, nos tempos atuais, em que tanto se fala de corrupção e imoralidade, é hora dos cristãos sanearem o mundo com a luz de Cristo.

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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