Conselhos de Medicina aprovam apoio à descriminalização do aborto

abortoEsta é uma notícia muito triste e preocupante que precisa rapidamente ser rejeitada pelos filhos de Deus, especialmente os médicos católicos. Afinal, o médico, ao se formar, faz um JURAMENTO, de defender a vida, segundo o médico grego Hipócrates, nascido na ilha de Cós (460-377 AC); por seus ensinamentos sobre ética médica; veio a ser cognominado o Pai da Medicina.

A decisão foi tomada no I Congresso dos Conselhos de Medicina, que reuniu 27 conselhos regionais em Belém, na última semana. A descriminalização do aborto foi aprovada com cerca de 80% dos votos de Conselheiros Federais e Presidentes de Conselhos Regionais de Medicina. Entre as decisões sobre o tema, os conselheiros aprovaram que “não há crime de aborto, se por vontade da gestante, até a décima segunda semana da gestação”.  Uma lástima!

Os Conselheiros votaram mudanças no artigo 128, do Código civil que, pela posição do CFM, define que não há crime de aborto nos seguintes casos: se houver risco à vida ou à saúde da gestante; se a gravidez resultar de violação da dignidade sexual, ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida; se comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida extrauterina, em ambos os casos atestado por dois médicos; ou se por vontade da gestante, até a décima segunda semana da gestação”.

Já naquele tempo, muito antes de Jesus descer do céu para nos falar da transcendência e do valor enorme de cada vida humana – pela qual derramou o seu Sangue (Gal 2,20) – o filósofo já tinha o sentimento natural da grandeza da vida, que deve ser mantida intocável desde a concepção no ventre da mãe até o último suspiro. Eis seu célebre juramento, repetido pelos médicos:

“Eu juro… que não darei a nenhuma pessoa remédio mortal, ainda que seja por ela pedido, nem darei conselhos que induzam à destruição: também não darei a mulher alguma, substância ou objeto destinado a provocar abortamento. Manterei a minha vida com pureza e santidade.

Qualquer que seja a casa em que penetre, entrarei para beneficiar o doente, evitarei qualquer ato voluntário de maldade ou corrupção… Quaisquer que sejam as coisas que veja ou ouça, dentro ou fora dela, que não devam ser divulgadas, considerá-las-ei segredo (…) penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que forem revelados, o que terei como preceito de honra.

Nunca me servirei de minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Prometo que, ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade  e da ciência.

Se eu cumprir este juramento, goze eu a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os homens e para sempre; se dele me afastar ou se o infringir, suceda-me o contrário”.

Será que este juramento não vale mais? Será que agora a medicina é para matar ao invés de salvar?

Algo muito interessante a se destacar é que a maioria absoluta do povo brasileiro é contra a descriminalização do aborto – basta ver as pesquisas – mas as nossas elites a querem aprovar; isso é traição à vontade do povo.

Nossa civilização é cínica e desalmada. De um lado esbraveja para defender os direitos humanos, os direitos dos animais, os direitos das matas, dos rios e das pedras…; mas por outro lado, friamente, criminosamente, apaga a vida que começa a existir no seio da mãe. Alguém gritou um dia: “Não podemos ficar calados diante de tanto sangue inocente derramado!”.

Mais detalhes podem ser vistos em: http://migre.me/dEGAW

Fonte: http://www.sindmepa.org.br/index.php?pagina=noticias&id=1323

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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