Cosmo Francesco Ruppi
Arcebispo de Lecce. Foi professor e diretor do Instituto Pastoral Pugliese. Colaborador de diversos periódicos.
[Resumo]
Examina-se o problema dos matrimônios mistos, partindo-se do fenômeno dos cada vez mais frequentes deslocamentos populacionais, causados pela guerra, pela pobreza e pela imigração. Trata-se do problema com base no magistério da Igreja e nos vários relatórios ecumênicos.
Analisando o longo labor ecumênico, que sempre acompanhou o problema dos matrimônios mistos, para tratar do valor e dos limites desse tipo de matrimônio são lembradas algumas das resoluções mais importantes, tomando como base de reflexão o motu proprio de Paulo VI, Matrimonia mixta. E, com base no Diretório Ecumênico, são analisados em particular o batismo comum, a necessidade de sustentar o cônjuge católico e a necessidade de acompanhar o caminho espiritual que os cônjuges são convidados a trilhar.
A conclusão da presente reflexão é bastante clara e significativa:
“Nenhum impedimento ou discriminação em relação aos matrimônios mistos”, mas, também, um renovado empenho dos pastores e das comunidades cristãs em acompanhar com a oração, a direção espiritual e a caridade fraterna os cônjuges católicos que desposaram um cônjuge não católico:
“O problema dos matrimônios mistos ocupará cada vez mais os Bispos, párocos e sacerdotes de todas as partes do mundo, mas ocupará principalmente a comunidade eclesial, que deve acolher esta realidade, vendo-a como um apelo para o caminho ecumênico e uma oportunidade privilegiada para testemunhar o amor comum a Cristo e à Igreja una e indivisa”.
(Amor conjugal?; Dureza de coração. Possibilidade futura?; Indissolubilidade matrimonial?; Matrimônio com disparidade de culto; Matrimônio, separação, divórcio e consciência).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.