Janne Haaland Matlary
Doutora em filosofia (Universidade de Oslo). Professora de política internacional da Universidade de Oslo. Foi secretária de Estado de Assuntos Externos da Noruega. Membro do Pontifício Conselho Justiça e Paz. Numerosas publicações.
[Resumo]
Qual é o significado da maternidade e como ela é colocada nos movimentos feministas de hoje? As respostas a esta pergunta se articulam em torno de dois polos. Por um lado, nas correntes feministas mais radicais, o termo maternidade é ocultado e, freqüentemente, proscrito. Em nome da ideologia do gender, as pessoas de sexo feminino seriam intercambiáveis com as pessoas de sexo masculino. A maternidade seria um fardo de que as mulheres precisariam liberar-se para assumirem seu lugar na sociedade produtiva. Mas, por outro lado, vemos surgir um novo feminismo que, ao contrário do feminismo radical, redescobre a especificidade feminina e nela reconhece a dimensão materna que lhe é essencial.
Baseado em novas pesquisas antropológicas e sustentado por diversas outras ciências humanas, esse novo feminismo precisa o papel essencial da mulher e da mãe na célula familiar. Leva também a descobrir o papel determinante da mãe na educação dos filhos. Revela, enfim, que a ação da mãe, se é benéfica para o marido e para os filhos, é igualmente benéfica para a sociedade.
É, portanto, com todo direito que esse novo feminismo reivindica um estatuto para a mãe e o reconhecimento, por parte dos poderes públicos, da sua contribuição para a comunidade humana.
(Direitos sexuais e reprodutivos; Fertilidade e continência; Gênero [“gender”]; Mentalidade contraceptiva; Paternidade responsável; Saúde reprodutiva).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.