Georges Cottier
Teólogo da Casa Pontifícia.
Foi professor de teologia da Universidade de Genebra e Friburgo. Membro
das Pontifícias Academias das Ciências, de Sto. Tomás de Aquino e de
Teologia. Consultor da Congregação para a Doutrina da Fé e do Pontifício
Conselho para a Cultura. Numerosas publicações.
[Resumo]
A diferenciação genital entre homem e mulher foi frequentemente invocada
para tentar colocar em relevo a desigualdade entre os dois. A mulher
seria inferior ao homem não só fisicamente, mas também em dignidade.
Teria, por isso, de aceitar ser subordinada ao homem e renunciar a
competir com ele. Compreende-se que os movimentos feministas se tenham
insurgido contra essa forma aberrante de discriminação. Tal
discriminação baseia-se, na realidade, na confusão amplamente difundida
entre igualdade e identidade. Não é absolutamente exigido que os seres
humanos sejam idênticos para que sejam iguais. A igualdade implica mesmo
a ideia de diferença, de singularidade, de originalidade. Os indivíduos
humanos existem expressando a modalidade da pessoa. Todas as pessoas
participam de modo único da existência do Deus Criador e derivam sua
dignidade desta participação, de todas e de cada uma, da existência
divina. É precisamente o fato que, pela vontade do Criador o ser humano
tenha sido criado conforme a dúplice modalidade masculino e feminino que
confere às pessoas sexualmente diferentes uma igual dignidade,
sublinhada, além disso, pela personalidade de cada um, seja homem ou
mulher:
(Direitos sexuais e reprodutivos; Discriminação da mulher e CEDAW;
Gênero (“gender”); Identidade e diferença sexual; Ideologia de gênero:
perigos e alcance; Maternidade e feminismo; Novas definições de gênero;
Patriarcado e matriarcado).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e
discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho
para a Família, Edições CNBB.