Carta às Famílias – Papa João Paulo II (Parte 2)

A união dos dois
8. Somente as «pessoas» são capazes de pronunciar tais palavras; apenas elas conseguem viver «em comunhão» sobre a base da escolha recíproca, que é, ou deveria ser, plenamente consciente e livre. O livro do Gênesis, ao falar do homem que deixa o pai e a mãe para se unir à sua mulher (cf. Gn 2, 24), põe em evidência a opção consciente e livre que dá origem ao matrimônio, tornando marido um filho, e esposa uma filha. Como entender adequadamente esta escolha recíproca, se não se tem presente a verdade plena da pessoa, ou seja, do ser racional e livre? O Concílio Vaticano II fala da semelhança com Deus, usando termos muito significativos. Ele faz referência não apenas à imagem e semelhança divina que todo o ser humano já possui enquanto tal, mas também e sobretudo a «uma certa analogia entre a união das pessoas divinas entre Si e a união dos filhos de Deus na verdade e no amor» (13).

Esta formulação, particularmente rica e sugestiva, confirma sobretudo o que decide a identidade íntima de cada homem e de cada mulher. Tal identidade consiste na capacidade de viver na verdade e no amor; melhor ainda, consiste na necessidade da verdade e do amor qual dimensão constitutiva da vida da pessoa. Essa necessidade de verdade e de amor abre o homem quer a Deus quer às criaturas: abre-o às outras pessoas, à vida «em comunhão», em particular, ao matrimônio e à família. Nas palavras do Concílio, a «comunhão» das pessoas, em certo sentido, deriva do mistério do «Nós» trinitário e, por conseguinte, também a «comunhão conjugal» deve ser referida ao mesmo mistério. A família, que tem início no amor do homem e da mulher, dimana radicalmente do mistério de Deus. Isto corresponde à essência mais íntima do homem e da mulher, à sua constitutiva e autêntica dignidade de pessoa.

No matrimônio, o homem e a mulher unem-se entre si tão firmemente que se tornam – segundo as palavras do livro do Gênesis – «uma só carne» (Gn 2, 24). Homem e mulher por constituição física, os dois sujeitos humanos, apesar de somaticamente diferentes, participam de modo igual na capacidade de viver «na verdade e no amor». Esta capacidade, característica do ser humano enquanto pessoa, tem uma dimensão conjuntamente espiritual e corpórea. É através do corpo também que o homem e a mulher estão predispostos para formarem uma «comunhão de pessoas» no matrimônio. Quando, em virtude da aliança conjugal, eles se unem de tal maneira que se tornam «uma só carne » (Gn 2, 24), a sua união deve-se realizar «na verdade e no amor», pondo assim em evidência a maturidade própria de pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus.

A família, que daí deriva, obtém a sua solidez interior da aliança entre os cônjuges, que Cristo elevou a Sacramento. Ela recebe a própria índole comunitária, ou melhor, as suas características de «comunhão», daquela comunhão fundamental dos cônjuges que se prolonga nos filhos. «Estais dispostos a receber amorosamente da mão de Deus os filhos e a educá-los…?» – pergunta o celebrante durante o rito do matrimônio (14). A resposta dos noivos corresponde à mais íntima verdade do amor que os une. Assim a sua união, em vez de os fechar em si mesmos, abre-os a uma nova vida, a uma nova pessoa. Como pais, serão capazes de dar a vida a um ser semelhante a eles, não apenas «osso dos seus ossos e carne da sua carne» (cf. Gn 2, 23), mas imagem e semelhança de Deus, isto é, pessoa.

Ao perguntar: «Estais dispostos?», a Igreja recorda aos noivos que eles se encontram perante o poder criador de Deus. São chamados a tornar-se pais, ou seja, a cooperar com o Criador no dom da vida. Cooperar com Deus no chamamento à vida de novos seres humanos, significa contribuir para a transmissão daquela imagem e semelhança divina, de que é portador todo o «nascido de mulher».

A genealogia da pessoa
9. Através da comunhão de pessoas, que se realiza no matrimônio, o homem e a mulher dão início à família. Com a família está ligada a genealogia de cada homem: a genealogia da pessoa. A paternidade e a maternidade humana estão radicadas na biologia e, ao mesmo tempo, superam-na. O Apóstolo, «dobrando os joelhos diante do Pai, do Qual toda a paternidade 1, nos Céus como na Terra, toma o nome», em certo sentido coloca diante do nosso olhar o mundo inteiro dos seres vivos, desde os espirituais nos céus até aos corporais na terra. Toda a geração encontra o seu modelo originário na Paternidade de Deus. Todavia, no caso do homem, esta dimensão «cósmica» de semelhança com Deus não basta para definir adequadamente a relação de paternidade e maternidade. Quando da união conjugal dos dois nasce um novo homem, este traz consigo ao mundo uma particular imagem e semelhança do próprio Deus: na biologia da geração está inscrita a genealogia da pessoa.

Ao afirmarmos que os cônjuges, enquanto pais, são colaboradores de Deus Criador na concepção e geração de um novo ser humano (15), não nos referimos apenas às leis da biologia; pretendemos sobretudo sublinhar que, na paternidade e maternidade humana, o próprio Deus está presente de um modo diverso do que se verifica em qualquer outra geração «sobre a terra». Efetivamente, só de Deus pode provir aquela «imagem e semelhança» que é própria do ser humano, tal como aconteceu na criação. A geração é a continuação da criação (16).

Assim, pois, tanto na concepção como no nascimento de um novo homem, os pais encontram-se diante de um «grande mistério» (Ef 5, 32). Também o novo ser humano, não diversamente dos pais, é chamado à existência como pessoa, é chamado à vida «na verdade e no amor». Tal chamamento não se abre só a quanto existe no tempo, mas em Deus abre-se à eternidade. Esta é a dimensão da genealogia da pessoa, que Cristo nos revelou definitivamente, projetando a luz do seu Evangelho sobre o viver e o morrer humano e, portanto, sobre o significado da família humana.

Como afirma o Concílio, o homem é a «única criatura sobre a terra a ser querida por Deus por si mesma» (17). A origem do homem não obedece apenas às leis da biologia, mas sim e diretamente à vontade criadora de Deus: é a esta vontade que se fica a dever a genealogia dos filhos e filhas das famílias humanas. Deus «quis» o homem desde o princípio – e Deus «o quer» em cada concepção e nascimento humano. Deus «quer» o homem como um ser semelhante a Si, como pessoa. Este homem, cada homem, é criado por Deus «por si mesmo». Isto aplica-se a todos, incluindo aqueles que nascem com doenças ou deficiências. Na constituição pessoal de cada um, está inscrita a vontade de Deus que quer o homem como fim, em certo sentido, de si mesmo. Deus entrega o homem a si mesmo, confiando-o contemporaneamente à família e à sociedade, como sua tarefa. Os pais, diante de um novo ser humano, têm, ou deveriam ter, plena consciência do fato que Deus «quer» este homem «por si mesmo».

Esta sintética expressão é muito rica e profunda. Desde o momento da concepção, e do nascimento depois, o novo ser está destinado a exprimir em plenitude a sua humanidade – a «encontrar-se» como pessoa (18). Isto diz respeito absolutamente a todos, também aos doentes crônicos e deficientes. «Ser homem» é a sua vocação fundamental: «ser homem» à medida do dom recebido. À medida daquele «talento» que é a humanidade própria e, só depois, à medida dos outros talentos. Neste sentido, Deus quer cada homem «por si mesmo». Mas, no desígnio de Deus, a vocação da pessoa ultrapassa os confins do tempo. Vai ao encontro da vontade do Pai, revelada no Verbo encarnado: Deus quer oferecer ao homem a participação na sua própria vida divina. Cristo diz: «Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância» (Jo 10, 10).

O destino último do homem não está em contraste com a afirmação de que Deus quer o homem «por si mesmo»? Se é criado para a vida divina, existe o homem verdadeiramente «por si mesmo»? Esta é uma pergunta-chave, com grande importância tanto ao desabrochar como ao findar da existência terrena: é importante por toda a duração da vida. Poderia parecer que, destinando o homem à vida divina, Deus o subtraia definitivamente ao seu existir «por si mesmo» (19). Qual é a relação que existe entre a vida da pessoa e a participação na vida trinitária? Responde-nos S. Agostinho com as célebres palavras: «O nosso coração está inquieto, enquanto não repousa em Ti» (20). Este «coração inquieto» indica que, de fato, não há contradição entre uma finalidade e a outra, mas sim uma ligação, uma coordenação, uma unidade profunda. Pela sua própria genealogia, a pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, é precisamente participando na vida d’Ele que existe «por si mesma» e se realiza. O conteúdo de tal realização é a plenitude da vida em Deus, a mesma de que fala Cristo (cf. Jo 6, 37-40), que nos redimiu exatamente para nos introduzir nela (cf. Mc 10, 45).

Os cônjuges desejam os filhos para si, vendo neles o coroamento do seu amor recíproco. Desejam-nos para a família, qual dom preciosíssimo (21). É um desejo, em certa medida, compreensível. Todavia, no amor conjugal e no amor paterno e materno, deve inscrever-se a verdade do homem, expressa de maneira sintética e precisa pelo Concílio com a afirmação de que Deus «quer o homem por si mesmo». É necessário, por isso, que a vontade dos pais se harmonize com o querer de Deus: neste sentido, eles devem querer a nova criatura humana como a quer o Criador: «por si mesma». A vontade humana está sempre e inevitavelmente sujeita à lei do tempo e da caducidade. A vontade divina, pelo contrário, é eterna. «Antes que fosses formado no ventre de tua mãe, Eu já te conhecia – lê-se no livro do profeta Jeremias; antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei» (1, 5). Portanto, a genealogia da pessoa está unida primariamente com a eternidade de Deus e, só depois, com a paternidade e a maternidade humana, que se realizam no tempo. No instante mesmo da concepção, o homem já está ordenado para a eternidade em Deus.

O bem comum do matrimônio e da família
10. O consentimento matrimonial define e torna estável o bem que é comum ao matrimônio e à família. «Recebo-te por minha esposa – por meu esposo -, e prometo ser-te fiel e amar-te e honrar-te, tanto na prosperidade como na provação, por toda a nossa vida» (22). O matrimônio é uma singular comunhão de pessoas. Na base de tal comunhão, a família é chamada a tornar-se comunidade de pessoas. É um compromisso que os noivos assumem «diante de Deus e da Igreja», como lhes recorda o celebrante no momento em que mutuamente trocam o consentimento (23). Desse compromisso, são testemunhas quantos participam no rito; neles se encontram representadas, em certo sentido, a Igreja e a sociedade, âmbitos vitais da nova família.

As palavras do consentimento matrimonial definem aquilo que constitui o bem comum do casal e da família. Antes de mais, o bem comum dos esposos: o amor, a fidelidade, a honra, a permanência da sua união até à morte – «por toda a nossa vida». O bem de ambos, que é simultaneamente o bem de cada um, deve tornar-se depois o bem dos filhos. Por sua natureza, o bem comum ao mesmo tempo que une as diversas pessoas, assegura o verdadeiro bem de cada uma. Se a Igreja, como aliás o Estado, recebe o consentimento dos cônjuges expresso através das palavras acima referidas, fá-lo porque aquele está «escrito nos seus corações» (Rom 2, 15). São os esposos que se dão reciprocamente o consentimento matrimonial, jurando, isto é, confirmando diante de Deus a verdade do seu consentimento. Enquanto batizados, eles são na Igreja os ministros do sacramento do matrimônio. S. Paulo ensina que o seu compromisso recíproco é «um grande mistério» (Ef 5, 32).

Assim, as palavras do consentimento exprimem aquilo que constitui o bem comum dos cônjuges e indicam o que deve ser o bem comum da futura família. Desejando pô-lo em evidência, a Igreja pergunta-lhes se estão dispostos a acolher e a educar cristã mente os filhos que Deus lhes quiser dar. A pergunta refere-se ao bem comum do futuro núcleo familiar, tendo presente a genealogia das pessoas, inscrita na própria constituição do matrimônio e da família. A pergunta sobre os filhos e a sua educação está estritamente ligada com o consentimento conjugal, com o juramento de amor, de respeito conjugal, de fidelidade até à morte. O acolhimento e a educação dos filhos – duas das finalidades principais da família – estão condicionados pelo cumprimento desse compromisso. A paternidade e a maternidade representam uma tarefa de natureza conjuntamente física e espiritual; através daquelas, passa realmente a genealogia da pessoa, que tem o seu princípio eterno em Deus e a Ele deve conduzir.

O Ano da Família, ano de particular oração das famílias, deveria tornar cada família consciente de tudo isto, de um modo novo e profundo. Existe uma grande riqueza de motivos bíblicos, que pode servir de substrato a essa oração. Às palavras da Sagrada Escritura, é necessário juntar sempre a recordação pessoal dos cônjuges-pais, e a dos filhos e netos. Mediante a genealogia das pessoas, a comunhão conjugal torna-se comunhão das gerações. A união sacramental dos dois, selada pela aliança estipulada diante de Deus, perdura e consolida-se na sucessão das gerações. Essa união sacramental deve tornar-se união de oração. Mas, para que isto possa transparecer significativamente no Ano da Família, é indispensável que a oração se torne um hábito arraigado na vida quotidiana de cada família. A oração é ação de graças, louvor a Deus, pedido de perdão, súplica e invocação. Em cada uma destas formas, a oração da família tem muito que dizer a Deus. Também tem tanto que dizer aos homens, a começar pela recíproca comunhão das pessoas unidas por laços familiares.

«Que é o homem, para Vos lembrardes dele?» (Sal 8, 5), pergunta-se o Salmista. A oração é o espaço onde, do modo mais simples, se manifesta a recordação criadora e paterna de Deus: não apenas e nem tanto a recordação de Deus por parte do homem, como sobretudo a recordação do homem por parte de Deus. Por isso, a oração da comunidade familiar pode tornar-se lugar da recordação comum e recíproca: efetivamente, a família é comunidade de gerações. Na oração, todos devem estar presentes: aqueles que vivem e os que já morreram, como também quantos ainda devem vir ao mundo. É necessário que na família se reze por cada um, na medida do bem que a família constitui para ele e do bem que ele constitui para a família. A oração corrobora mais solidamente um tal bem, precisamente como bem comum familiar. Mais ainda, aquela dá também início a este bem, de um modo sempre renovado. Na oração, a família reencontra-se como o primeiro «nós», no qual cada um é «eu » e «tu»; cada um é para o outro respectivamente marido ou esposa, pai ou mãe, filho ou filha, irmão ou irmã, avô ou neto.

São assim as famílias, às quais me dirijo com esta Carta? Certamente não poucas são assim, mas os tempos em que vivemos manifestam a tendência para restringir o núcleo familiar ao âmbito de duas gerações. Isso sucede freqüentemente por causa do acanhamento das moradias disponíveis, sobretudo nas grandes cidades. Mas também e não raro, o mesmo se fica a dever à convicção de que mais gerações em conjunto são obstáculo à intimidade e tornam demasiado difícil a vida. Mas, não é precisamente este o ponto fraco? Há pouca vida humana nas famílias dos nossos dias. Faltam as pessoas com quem criar e partilhar o bem comum; e contudo, o bem, por sua natureza, exige ser criado e partilhado com os outros, porque «bonum est diffusivum sui», «o bem tende a difundir-se» (24). Quanto mais for comum o bem, tanto mais ele será próprio: meu – teu – nosso. Esta é a lógica intrínseca do viver no bem, na verdade e no amor. Se o homem sabe acolher esta lógica e segui-la, a sua existência torna-se verdadeiramente um «dom sincero».

O dom sincero de si
11. Depois de afirmar que o homem é a única criatura sobre a terra querida por Deus por si mesma, o Concílio acrescenta que ele «não se pode encontrar plenamente a não ser no sincero dom de si mesmo» (25). Poderia parecer uma contradição, mas não o é de fato. Trata-se, antes, do grande e maravilhoso paradoxo da existência humana: uma existência chamada a servir a verdade no amor. O amor faz com que o homem se realize através do dom sincero de si: amar significa dar e receber aquilo que não se pode comprar nem vender, mas apenas livre e reciprocamente oferecer.

Por sua natureza, o dom da pessoa exige ser duradouro e irrevogável. A indissolubilidade do matrimônio deriva primariamente da essência de tal dom: dom da pessoa à pessoa. Nesta doação recíproca, manifesta-se o caráter esponsal do amor. Ao prestarem o consentimento matrimonial, os noivos identificam-se pelo seu nome próprio: «Eu… recebo-te por minha esposa (por meu esposo) a ti… e prometo ser-te fiel (…) por toda a nossa vida». Semelhante dom obriga muito mais forte e profundamente que tudo quanto possa ser «comprado» de qualquer modo e por qualquer preço. Dobrando os joelhos diante do Pai, do Qual provém toda a paternidade e maternidade, os futuros pais tornam-se conscientes de terem sido «redimidos». Foram realmente comprados por um alto preço, pelo preço do dom mais sincero possível, o sangue de Cristo, no qual participam por meio do sacramento. Coroamento litúrgico do consentimento matrimonial é a Eucaristia – sacrifício do «corpo entregue» e do «sangue derramado» -, que no consentimento dos cônjuges encontra, de certo modo, uma sua expressão.

Quando no matrimônio, o homem e a mulher se dão e recebem reciprocamente na união de «uma só carne», a lógica do dom sincero entra na vida deles. Sem ela, o matrimônio seria vazio, enquanto a comunhão das pessoas, edificada sobre tal lógica, se torna comunhão dos pais. Quando transmitem a vida ao filho, um novo «tu» humano se insere na órbita do «nós» dos cônjuges, uma pessoa que eles chamarão com um nome novo: «nosso filho…; nossa filha…». «Gerei um homem com o auxílio do Senhor» (Gn 4, 1), diz Eva, a primeira mulher da história: um ser humano, primeiramente esperado durante nove meses e depois «manifestado» aos pais, aos irmãos e às irmãs. O processo da concepção e do desenvolvimento no ventre materno, do parto, do nascimento serve para criar como que um espaço adequado, para que a nova criatura possa manifestar-se como «dom» : pois, tal é ela desde o princípio. Poder-se-ia, porventura, qualificar de outro modo este ser frágil e indefeso, dependente em tudo de seus pais e completamente confiado a eles? O recém-nascido dá-se aos pais pelo fato mesmo de vir à existência. O seu existir é já um dom, o primeiro dom do Criador à criatura.

No recém-nascido, realiza-se o bem comum da família. Tal como o bem comum dos esposos encontra cumprimento no amor esponsal, pronto a dar e a acolher a nova vida, assim o bem comum da família se realiza mediante o mesmo amor esponsal concretizado no recém-nascido. Na genealogia da pessoa está inscrita a genealogia da família, que poderá ser recordada graças à anotação registada no Livro dos Batizados, mesmo se essa não passa de uma conseqüência social do facto «de ter vindo ao mundo um homem» (Jo 16, 21).

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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