Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae – Parte 4

A escuta da
Palavra de Deus

30. A fim de dar fundamentação bíblica e
maior profundidade à meditação, é útil que a enunciação do mistério seja
acompanhada pela proclamação de uma passagem bíblica alusiva, que, segundo as
circunstâncias, pode ser mais ou menos longa. De facto, as outras palavras não
atingem nunca a eficácia própria da palavra inspirada. Esta há-de ser escutada
com a certeza de que é Palavra de Deus, pronunciada para o dia de hoje e “para
mim”.

Assim
acolhida, ela entra na metodologia de repetição do Rosário, sem provocar o
enfado que derivaria duma simples evocação de informação já bem conhecida. Não,
não se trata de trazer à memória uma informação, mas de deixar Deus “falar”. Em
ocasiões solenes e comunitárias, esta palavra pode ser devidamente ilustrada
com um breve comentário.

O silêncio

31. A escuta e a meditação alimentam-se
de silêncio. Por isso, após a enunciação do mistério e a proclamação da
Palavra, é conveniente parar, durante um côngruo período de tempo, a fixar o
olhar sobre o mistério meditado, antes de começar a oração vocal. A
redescoberta do valor do silêncio é um dos segredos para a prática da
contemplação e da meditação. Entre as limitações duma sociedade de forte
predominância tecnológica e mediática, conta-se o facto de se tornar cada vez
mais difícil o silêncio. Tal como na Liturgia se recomendam momentos de
silêncio, assim também na recitação do Rosário é oportuno fazer uma pausa
depois da escuta da Palavra de Deus enquanto o espírito se fixa no conteúdo do
relativo mistério.

O “Pai
nosso”

32. Após a
escuta da Palavra e a concentração no mistério, é natural que o espírito se
eleve para o Pai. Em cada um dos seus mistérios, Jesus leva-nos sempre até ao
Pai, para Quem Ele Se volta continuamente porque repousa no seu “seio” (cf. Jo
1,18). Quer introduzir-nos na intimidade do Pai, para dizermos com Ele: « Abbá,
Pai » (Rom 8, 5; Gal 4, 6). É em relação ao Pai que Ele nos torna irmãos seus e
entre nós, ao comunicar-nos o Espírito que é conjuntamente d’Ele e do Pai. O
“Pai nosso”, colocado quase como alicerce da meditação cristológico-mariana que
se desenrola através da repetição da Avé Maria, torna a meditação do mistério,
mesmo quando é feita a sós, uma experiência eclesial.

As dez “Ave
Marias”

33. Este
elemento é o mais encorpado do Rosário e também o que faz dele uma oração
mariana por excelência. Mas à luz da própria Avé Maria, bem entendida, nota-se
claramente que o carácter mariano não só não se opõe ao cristológico como até o
sublinha e exalta. De facto, a primeira parte da Avé Maria, tirada das palavras
dirigidas a Maria pelo Anjo Gabriel e por Santa Isabel, é contemplação
adoradora do mistério que se realiza na Virgem de Nazaré. Exprimem, por assim
dizer, a admiração do céu e da terra, e deixam de certo modo transparecer o
encanto do próprio Deus ao contemplar a sua obra-prima -a encarnação do Filho
no ventre virginal de Maria – na linha daquele olhar contente do Génesis (cf.
Gen 1, 31), daquele primordial « pathos com que Deus, na aurora da criação,
contemplou a obra das suas mãos ».(36)A
repetição da Avé Maria no Rosário sintoniza-nos com este encanto de Deus: é
júbilo, admiração, reconhecimento do maior milagre da história. É o cumprimento
da profecia de Maria: « Desde agora, todas as gerações Me hão-de chamar ditosa
» (Lc 1, 48).

O
baricentro da Avé Maria, uma espécie de charneira entre a primeira parte e a segunda,
é o nome de Jesus. Às vezes, na recitação precipitada, perde-se tal baricentro
e, com ele, também a ligação ao mistério de Jesus que se está a contemplar.
Ora, é precisamente pela acentuação dada ao nome de Jesus e ao seu mistério que
se caracteriza a recitação expressiva e frutuosa do Rosário. Já Paulo VI
recordou na Exortação apostólica Marialis
cultus
o costume, existente nalgumas regiões, de dar realce ao nome de
Cristo acrescentando-lhe uma cláusula evocativa do mistério que se está a
meditar.(37
um louvável costume, sobretudo na recitação pública. Exprime de forma intensa a
fé cristológica, aplicada aos diversos momentos da vida do Redentor. É
profissão de fé e, ao mesmo tempo, um auxílio para permanecer em meditação,
permitindo dar vida à função assimiladora, contida na repetição da Avé Maria,
relativamente ao mistério de Cristo. Repetir o nome de Jesus – o único nome do
qual se pode esperar a salvação (cf. Act 4, 12) – enlaçado com o da Mãe
Santíssima, e de certo modo deixando que seja Ela própria a sugerir-no-lo, constitui
um caminho de assimilação que quer fazer-nos penetrar cada vez mais
profundamente na vida de Cristo. 

Desta
relação muito especial de Maria com Cristo, que faz d’Ela a Mãe de Deus, a
Theotòkos, deriva a força da súplica com que nos dirigimos a Ela depois na
segunda parte da oração, confiando à sua materna intercessão a nossa vida e a
hora da nossa morte.

O “Glória”

34. A doxologia trinitária é a meta da
contemplação cristã. De facto, Cristo é o caminho que nos conduz ao Pai no
Espírito. Se percorrermos em profundidade este caminho, achamo-noscontinuamente
na presença do mistério das três Pessoas divinas para As louvar, adorar,
agradecer. É importante que o Glória, apogeu da contemplação, seja posto em
grande evidência no Rosário. Na recitação pública, poder-se-ia cantar para dar
a devida ênfase a esta perspectiva estrutural e qualificadora de toda a oração
cristã. 

Na medida
em que a meditação do mistério tiver sido – de Avé Maria em Avé Maria – atenta,
profunda, animada pelo amor de Cristo e por Maria, a glorificação trinitária de
cada dezena, em vez de reduzir-se a uma rápida conclusão, adquirirá o seu justo
tom contemplativo, quase elevando o espírito à altura do Paraíso e fazendo-nos
reviver de certo modo a experiência do Tabor, antecipação da contemplação
futura: « Que bom é estarmos aqui! » (Lc 9, 33).

A
jaculatória final

35. Na
prática corrente do Rosário, depois da doxologia trinitária diz-se uma
jaculatória, que varia segundo os costumes. Sem diminuir em nada o valor de
tais invocações, parece oportuno assinalar que a contemplação dos mistérios
poderá manifestar melhor toda a sua fecundidade, se se tiver o cuidado de
terminar cada um dos mistérios com uma oração para obter os frutos específicos
da meditação desse mistério. Deste modo, o Rosário poderá exprimir com maior
eficácia a sua ligação com a vida cristã. Isto mesmo no-lo sugere uma bela
oração litúrgica, que nos convida a pedir para, através da meditação dos
mistérios do Rosário, chegarmos a « imitar o que contêm e alcançar o que
prometem ».(38)

Uma tal
oração conclusiva poderá gozar, como acontece já, de uma legítima variedade na
sua inspiração. Assim, o Rosário adquirirá uma fisionomia mais adaptada às
diferentes tradições espirituais e às várias comunidades cristãs. Nesta
perspectiva, é desejável que haja uma divulgação, com o devido discernimento
pastoral, das propostas mais significativas, talvez experimentadas em centros e
santuários marianos particularmente sensíveis à prática do Rosário, para que o
Povo de Deus possa valer-se de toda a verdadeira riqueza espiritual, tirando
dela alimento para a sua contemplação.

O terço

36. Um
instrumento tradicional na recitação do Rosário é o terço. No seu uso mais
superficial, reduz-se frequentemente a um simples meio para contar e registar a
sucessão das Avé Marias. Mas, presta-se também a exprimir simbolismos, que
podem conferir maior profundidade à contemplação.

A tal
respeito, a primeira coisa a notar é como o terço converge para o Crucificado,
que desta forma abre e fecha o próprio itinerário da oração. Em Cristo, está
centrada a vida e a oração dos crentes. Tudo parte d’Ele, tudo tende para Ele,
tudo por Ele, no Espírito Santo, chega ao Pai. 

Como instrumento
de contagem que assinala o avançar da oração, o terço evoca o caminho
incessante da contemplação e da perfeição cristã. O Beato Bártolo Longo via-o
também como uma “cadeia” que nos prende a Deus. Cadeia sim, mas uma doce
cadeia; assim se apresenta sempre a relação com um Deus que é Pai. Cadeia
“filial”, que nos coloca em sintonia com Maria, a « serva do Senhor » (Lc 1,
38), e em última instância com o próprio Cristo que, apesar de ser Deus, Se fez
« servo » por nosso amor (Flp 2, 7).

É bom
alargar o significado simbólico do terço também à nossa relação recíproca,
recordando através dele o vínculo de comunhão e fraternidade que a todos nos
une em Cristo.

Começo e
conclusão

37. Segundo
a praxe comum, são vários os modos de introduzir o Rosário nos distintos
contextos eclesiais. Em algumas regiões, costuma-se iniciar com a invocação do
Salmo 69/70: « Ó Deus, vinde em nosso auxílio; Senhor, socorrei-nos e
salvai-nos », para de certo modo alimentar, na pessoa orante, a humilde certeza
da sua própria indigência; ao contrário, noutros lugares começa-se com a
recitação do Creio em Deus
Pai, querendo de certo modo colocar a profissão de fé como
fundamento do caminho contemplativo que se inicia. Estes e outros modos, na
medida em que dispõem melhor à contemplação, são métodos igualmente legítimos.
A recitação termina com a oração pelas intenções do Papa, para estender o olhar
de quem reza ao amplo horizonte das necessidades eclesiais. Foi precisamente
para encorajar esta perspectiva eclesial do Rosário que a Igreja quis
enriquecê-lo com indulgências sagradas para quem o recitar com as devidas
disposições.

Assim
vivido, o Rosário torna-se verdadeiramente um caminho espiritual, onde Maria
faz de mãe, mestra e guia, e apoia o fiel com a sua poderosa intercessão. Como
admirar-se de que o espírito, no final desta oração em que teve a experiência
íntima da maternidade de Maria, sinta a necessidade de se expandir em louvores
à Virgem Santa, quer com a oração esplêndida da Salve Rainha, quer através das
invocações da Ladainha Lauretana? É o remate dum caminho interior que levou o
fiel ao contacto vivo com o mistério de Cristo e da sua Mãe Santíssima.

A
distribuição no tempo

38. O
Rosário pode ser recitado integralmente todos os dias, não faltando quem
louvavelmente o faça. Acaba assim por encher de oração as jornadas de tantos
contemplativos, ou servir de companhia a doentes e idosos que dispõem de tempo em abundância. Mas é
óbvio – e isto vale com mais forte razão ao acrescentar-se o novo ciclo dos
mysteria lucis – que muitos poderão recitar apenas uma parte, segundo uma
determinada ordem semanal. Esta distribuição pela semana acaba por dar às
sucessivas jornadas desta uma certa “cor” espiritual, de modo análogo ao que
faz a Liturgia com as várias fases do ano litúrgico.

Segundo a
prática corrente, a segunda e a quinta-feira são dedicadas aos “mistérios da
alegria”, a terça e a sexta-feira aos “mistérios da dor”, a quarta-feira, o
sábado e o domingo aos “mistérios da glória”. Onde se podem inserir os
“mistérios da luz”? Atendendo a que os mistérios gloriosos são propostos em
dois dias seguidos -sábado e domingo – e que o sábado é tradicionalmente um dia
de intenso carácter mariano, parece recomendável deslocar para ele a segunda
meditação semanal dos mistérios gozosos, nos quais está mais acentuada a
presença de Maria. E assim fica livre a quinta-feira precisamente para a
meditação dos mistérios da luz.

Esta
indicação, porém, não pretende limitar uma certa liberdade de opção na
meditação pessoal e comunitária, segundo as exigências espirituais e pastorais
e sobretudo as coincidências litúrgicas que possam sugerir oportunas
adaptações. Verdadeiramente importante é que o Rosário seja cada vez mais visto
e sentido como itinerário contemplativo. Através dele, de modo complementar ao
que se realiza na Liturgia, a semana do cristão, tendo o domingo – dia da
ressurreição – por charneira, torna-se uma caminhada através dos mistérios da
vida de Cristo, para que Ele Se afirme, na vida dos seus discípulos, como
Senhor do tempo e da história.

CONCLUSÃO

« Rosário
bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus »

39. Tudo o
que foi dito até agora, manifesta amplamente a riqueza desta oração
tradicional, que tem não só a simplicidade duma oração popular, mas também a
profundidade teológica duma oração adaptada a quem sente a exigência duma
contemplação mais madura.

A Igreja
reconheceu sempre uma eficácia particular ao Rosário, confiando-lhe, mediante a
sua recitação comunitária e a sua prática constante, as causas mais difíceis.
Em momentos em que estivera ameaçada a própria cristandade, foi à força desta
oração que se atribuiu a libertação do perigo, tendo a Virgem do Rosário sido
saudada como propiciadora da salvação.

À eficácia
desta oração, confio de bom grado hoje – como acenei ao princípio – a causa da
paz no mundo e a causa da família.

A paz

40. As
dificuldades que o horizonte mundial apresenta, neste início de novo milénio,
levam-nos a pensar que só uma intervenção do Alto, capaz de orientar os
corações daqueles que vivem em situações de conflito e de quantos regem os
destinos das Nações, permite esperar num futuro menos sombrio.

O Rosário
é, por natureza, uma oração orientada para a paz, precisamente porque consiste
na contemplação de Cristo, Príncipe da paz e « nossa paz » (Ef 2, 14). Quem
assimila o mistério de Cristo – e o Rosário visa isto mesmo – apreende o
segredo da paz e dele faz um projecto de vida. Além disso, devido ao seu
carácter meditativo com a serena sucessão das “Avé Marias”, exerce uma acção
pacificadora sobre quem o reza, predispondo-o a receber e experimentar no mais
fundo de si mesmo e a espalhar ao seu redor aquela paz verdadeira que é um dom
especial do Ressuscitado (cf. Jo 14, 27; 20, 21).

Depois, o
Rosário é oração de paz também pelos frutos de caridade que produz. Se for
recitado devidamente como verdadeira oração meditativa, ao facilitar o encontro
com Cristo nos mistérios não pode deixar de mostrar também o rosto de Cristo
nos irmãos, sobretudo nos que mais sofrem. Como seria possível fixar nos
mistérios gozosos o mistério do Menino nascido em Belém, sem sentir o desejo de
acolher, defender e promover a vida, preocupando-se com o sofrimento das
crianças nas diversas partes do mundo? Como se poderia seguir os passos de
Cristo revelador, nos mistérios da luz, sem se empenhar a testemunhar as suas
“bem-aventuranças” na vida diária? E como contemplar a Cristo carregado com a
cruz ou crucificado, sem sentir a necessidade de se fazer seu “cireneu” em cada
irmão abatido pela dor ou esmagado pelo desespero? Enfim, como se poderia fixar
os olhos na glória de Cristo ressuscitado e em Maria coroada Rainha, sem
desejar tornar este mundo mais belo, mais justo, mais conforme ao desígnio de
Deus?

Em suma o
Rosário, ao mesmo tempo que nos leva a fixar os olhos em Cristo, torna-nos
também construtores da paz no mundo. Pelas suas características de petição
insistente e comunitária, em sintonia com o convite de Cristo para « orar
sempre, sem desfalecer » (Lc 18, 1), aquele permite-nos esperar que, também
hoje, se possa vencer uma “batalha” tão difícil como é a da paz. Longe de
constituir uma fuga dos problemas do mundo, o Rosário leva-nos assim a vê-los
com olhar responsável e generoso, e alcança-nos a força de voltar para eles com
a certeza da ajuda de Deus e o firme propósito de testemunhar em todas as
circunstâncias « a caridade, que é o vínculo da perfeição » (Col 3, 14).

A família:
os pais…

41. Oração
pela paz, o Rosário foi desde sempre também oração da família e pela família.
Outrora, esta oração era particularmente amada pelas famílias cristãs e
favorecia certamente a sua união. É preciso não deixar perder esta preciosa
herança. Importa voltar a rezar em família e pelas famílias, servindo-se ainda
desta forma de oração.

Se, na
Carta apostólica Novo
millennio ineunte
, encorajei a celebração da Liturgia da Horas pelos
próprios leigos na vida ordinária das comunidades paroquiais e dos vários
grupos cristãos,(39)o
mesmo desejo fazer quanto ao Rosário. Trata-se de dois caminhos, não
alternativos mas complementares, da contemplação cristã. Peço, pois, a todos
aqueles que se dedicam à pastoral das famílias para sugerirem com convicção a
recitação do Rosário.

A família
que reza unida, permanece unida.O Santo Rosário, por antiga tradição, presta-se
de modo particular a ser uma oração onde a família se encontra. Os seus
diversos membros, precisamente ao fixarem o olhar em Jesus, recuperam também a
capacidade de se olharem sempre de novo olhos nos olhos para comunicarem,
solidarizarem-se, perdoarem-se mutuamente, recomeçarem com um pacto de amor
renovado pelo Espírito de Deus.

Muitos
problemas das famílias contemporâneas, sobretudo nas sociedades economicamente
evoluídas, derivam do facto de ser cada vez mais difícil comunicar. Não
conseguem estar juntos, e os raros momentos para isso acabam infelizmente
absorvidos pelas imagens duma televisão. Retomar a recitação do Rosário em
família significa inserir na vida diária imagens bem diferentes – as do
mistério que salva: a imagem do Redentor, a imagem de sua Mãe Santíssima. A
família, que reza unida o Rosário, reproduz em certamedida o clima da casa de
Nazaré: põe-se Jesus no centro, partilham-se com Ele alegrias e sofrimentos,
colocam-se nas suas mãos necessidades e projectos, e d’Ele se recebe a
esperança e a força para o caminho. 

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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