Cardeal Saraiva Martins: beatificação foi uma festa que vai «ficar na história»

Vaticano, 02 Mai. 11 / 03:24 pm (ACI) O cardeal português José Saraiva Martins, admitiu ontem em declarações à agência Ecclesia que o prazo para a canonização (declaração oficial como santo) de João Paulo II poderia ser menor do que os seis anos que foram necessários para a beatificação.

“Para a canonização, basta um milagre”, indicou o antigo responsável pela Congregação para as Causas dos Santos (CCS), sem querer, no entanto, “fazer previsões”.

O Papa polaco foi proclamado beato por Bento XVI na manhã de ontem, na Praça de São Pedro, numa cerimônia na que participaram cerca de um milhão de pessoas, segundo as autoridades italianas.

Esta é a penúltima etapa para a declaração da santidade, na Igreja Católica, e concluiu uma primeira fase de trabalhos, iniciada em maio de 2005.

De acordo com o direito canônico, para a canonização é necessário um novo milagre atribuível à intercessão do beato João Paulo II a partir de hoje.

Concluídas estão, em definitivo, as investigações sobre as chamadas “fama de santidade” e “virtudes heroicas” de Karol Wojtyla (1920-2005), eleito Papa em outubro de 1978.

O cardeal Saraiva Martins, que falava após a celebração na Praça de São Pedro, mostrou-se satisfeito com a presença de “peregrinos vindos de todo o mundo para uma grande festa”.
“É uma festa de toda a humanidade que ficará na história”, declaração à Agência Ecclesia do Episcopado Português.

O antigo responsável da CCS comentou ainda uma declaração do atual Papa, durante a homilia da Missa da beatificação, na qual Bento XVI afirmava ter querido que a causa de beatificação de João Paulo II “pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade”.

Segundo o cardeal português, desde maio de 2005 – altura em que ainda liderava a Congregação responsável pelas causas de canonização – houve sempre o cuidado de “proceder sem perder tempo”. “A minha preocupação era, realmente, fazer com que esta causa de beatificação chegasse ao fim quanto antes”, indica José Saraiva Martins.

Karol Wojtyla foi beatificado pelo seu sucessor, um fato raro na história da Igreja que respondeu ao clamor do povo que este pontífice fosse elevado aos altares tão logo a Igreja permitisse.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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