Aumentam sacrilégios no México

Mais de 20
casas de culto assaltadas por semana

CIDADE DO
MÉXICO, domingo, 23 de janeiro de 2011 (ZENIT.org – El
Observador
) – Um relatório da unidade de investigação do Centro
Católico Multimédia (CCM) e do Conselho de Analistas Católicos do México (CACM)
anunciou na última segunda-feira que tem crescido cerca de 12% o número de
sacrilégios deliberados em recintos sagrados das diversas províncias eclesiais
da república mexicana, segundo registros de 1993 até hoje.

Segundo o
relatório, no México, a cada semana, cerca de 26 locais sagrados em todo o país
são atacados com violência.

“É uma
tendência que afeta anualmente 12% das mais de 11 mil igrejas católicas que
compõem as 18 províncias eclesiais do país”, diz o relatório.

O fenômeno
– sublinha o estudo coordenado pelo jornalista Gustavo Antonio Rangel –
aumentou 600% nos últimos 17 anos.

O México
aparece como o primeiro país da América Latina com mais ataques violentos
contra locais sagrados, seguido pela Colômbia, Brasil, Guatemala, Venezuela, El
Salvador e Argentina. Muitos dos ataques são roubos, especialmente de arte
sacra e arte colonial, das quais as igrejas católicas no México conservam
objetos extraordinários, apesar dos constantes saques a que, pelo menos há 200
anos, têm sido submetidas.

Estima-se
que os ladrões de arte colonial obtêm um lucro anual de até 83 milhões de pesos
(cerca de 8 milhões de dólares) e, além disso, supõe-se que seus principais
clientes, “colecionadores e antiquários”, estejam nas três principais
cidades do México, assim como nos Estados Unidos, América do Sul e Ásia.

Sete de
cada 10 lugares sagrados profanados corresponde a santuários
marianos. “Para citar um exemplo, diz o estudo, a imagem mais
prejudicada, por danos ou roubo de arte, é a da Virgem Maria em seu título de
Nossa Senhora de Guadalupe.”

Aumentaram
as extorsões e as “venda de seguros” para os párocos de diferentes
regiões do país; são extorsões e intimidações que, em muitos casos, geram novos
e maiores atos de violência.

Isto é
confirmado pelos registros de 1993 até hoje: 18 crimes cometidos contra 1
cardeal, 13 padres, 3 religiosos e 1 leigo – sacristão; destes, 7 foram
realizados contra sacerdotes dentro dos templos.

Em 2010,
dois padres e um leigo foram assassinados a sangue frio. “Por isso,
as estatísticas dos casos de homicídios de sacerdotes no México mostrou que 46%
deles provêm de ataques deliberados a recintos sagrados”, afirma o
relatório.

Ainda que
14 estados do México tenham se tornado áreas de risco constante para o
ministério sacerdotal, 10 são os lugares que representam maior grau de
insegurança: Cidade do México, Chihuahua, Guerrero, Jalisco, Oaxaca,
Veracruz, Michoacán, Hidalgo, Aguascalientes e Coahuila.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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