Atentados contra vida desafiam doutrina social cristã

Conferência
de Dom Zimowski em Roma

ROMA,
terça-feira, 7 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – As atuais ameaças à vida, especialmente o
aborto, a eutanásia e a destruição de embriões, “introduzem desafios inéditos
para a doutrina social cristã e requerem respostas adequadas”, afirmou o
presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde.

Dom Zygmunt
Zimowski interveio no encontro organizado pela Universidade Católica do Sagrado
Coração, em Roma, sobre o tema “Respeito à vida e desenvolvimento dos povos”,
refere o L’Osservatore Romano nesta terça-feira.

O arcebispo
advertiu que esta emergência ética está-se transformando lentamente em emergência
política.

E destacou
que a falta de respeito à vida humana possui “implicações em certos aspectos
dramáticas porque afetam diretamente a dignidade da vida de indivíduos e
povos”.

Segundo Dom
Zimowski, a doutrina social cristã deve responder aos “fenômenos sociais”
gerados após a legalização do aborto e de algumas formas de eutanásia, e a
prática usual da inseminação artificial e a crioconservação de embriões humanos
em vários países. 

O arcebispo
citou alguns números: 46 milhões de abortos legais realizados a cada ano no
mundo; 50 mil crianças nascidas a cada ano nos EUA através de técnicas para a
fecundação assistida.

Crise
cultural

Ele
destacou três pontos de análise. Em primeiro lugar, explicou que a opinião
pública está influenciada por campanhas ideológicas que induzem a perceber
atentados contra a vida como “direitos à liberdade individual”.

Também
indicou que a prática médica os legitima socialmente. “O contexto científico e
a autoridade moral do serviço de saúde são amplamente suficientes, aos olhos de
muitos, para torná-los aceitáveis”, lamentou.

Em terceiro
lugar ele indicou que “a normativa jurídica do Estado confere a estas práticas
a status de uma lei, aprovada pela maioria e que portanto dispensa posteriores
juízos de consciência”.

Na opinião
do representante vaticano, há uma verdadeira crise cultural, em cuja raiz
encontra-se o fenômeno da tendência a dissociar consciência privada e sistema
sócio-civil.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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