As políticas antidiscriminação estão fazendo bullying contra as escolas e famílias cristãs?

por Rebecca Millette

23 de junho de 2011 (Notícias Pró-Família) – Será que as políticas antidiscriminação estão fazendo bullying contra as escolas e famílias cristãs? Essa é a pergunta que a assessora legal Faye Sonier da Associação Evangélica do Canadá fez numa recente postagem de blog, ecoando os pensamentos de muitos pais e organizações no Canadá.
“As crianças não deveriam sofrer bullying, não deveriam ser ridicularizadas, atacadas ou intimidadas sob nenhuma circunstância, ou por nenhuma razão, e as diretorias de escolas estão certas em lidar com esses problemas quando ocorrem”, disse Sonier. “Mas o que acontece quando são essas políticas que se tornam fonte de bullying?”
Secretarias de educação em todo o Canadá estão implementando políticas de “orientação sexual e identidade de gênero” focadas em antidiscriminação para com jovens que “são ou talvez sejam” homossexuais.
A secretaria de educação da cidade de Burnaby, no estado de Colúmbia Britânica, recentemente aprovou tal política, apesar de imensos protestos e pedidos de revisões por parte de milhares de estudantes e pais, e um debate semelhante está ocorrendo na cidade de Edmonton.
Uma polêmica acalorada também continua no Conselho Escolar Católico do Distrito de Toronto, o maior conselho católico de Ontário, com pais reivindicando emendas nas políticas de “Estratégia Educacional de Igualdade e Inclusão” que o governo provincial está impondo e que envolvem cláusulas contrárias aos ensinos católicos.
“Para prover aulas ‘saudáveis'”, disse Sonier, “as diretorias de escolas precisam reconhecer que não podem ignorar certas aulas de direitos humanos, tais como os direitos à liberdade de religião, consciência e autoridade dos pais, a fim de proteger o outro, o direito de ser livre de discriminação com base na orientação sexual”.
As políticas, acrescentou ela, se tornam “problemáticas” quando as aulas e escolas cristãs são obrigadas “não só a defender seus estudantes, mas também ‘defender’ várias orientações e estilos de vida contrários às convicções bíblicas”.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos protege a escolha dos pais e famílias na hora de escolher a educação de seus filhos, e a Lei de Direitos e Liberdade do Canadá contém proteções semelhantes. Contudo, muitos pais estão questionando onde esses direitos se encaixam, no contexto do debate “antidiscriminação”.
“É necessário equilíbrio”, concluiu Sonier. “As aulas e as famílias cristãs podem ensinar e realmente ensinam a importância do respeito, aceitação e cuidado pelos outros, e – enquanto mantiverem um compromisso de tratar de forma justa e igual todos os estudantes – deveriam estar em condições de assim fazer sem serem forçadas a abrir mão de suas convicções defendendo orientações ou estilos de vida sexuais que lhes violam a consciência”.

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O artigo com seu texto integral está disponível:
http://activatecfpl.theefc.ca/journal/author/faye

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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