As palavras mostram o coração

“Nenhuma palavra má saia de vossas bocas, mas só boas palavras que sirvam para edificação e que sejam benfazejas aos que a ouvem” (Ef 4,29).

É conhecida a história daquela mulher que foi se confessar e disse ao padre que tinha difamado uma amiga, falando mal dela às outras. Após o perdão, o sacerdote deu-lhe como reparação dos pecados soltar do alto da torre da igreja um saco cheio de penas. Após cumprir a penitência, a mulher foi comunicar ao sacerdote, que lhe disse: “agora a senhora vai juntar todas as penas que o vento levou…”

Assim como é impossível juntar todas essas penas lançadas ao vento, é quase impossível restaurar os efeitos destruidores da calúnia, da maledicência, da fofoca e dos julgamentos indevidos.

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O poder das nossas palavras

Alguém disse que as palavras são mais poderosas que os canhões. As palavras geram a paz ou a guerra. Ela leva consigo o próprio espírito e poder da pessoa que a comunica. Jesus disse que: “A boca fala daquilo que está cheio o coração” (Lc 6,45). Se você só pensa em política, você fala de política. Se você só pensa em dinheiro e em negócios, você também só fala de dinheiro e de negócios. Se você pensa em Deus, gosta de falar de Deus… e assim por diante. Se o seu coração estiver em paz; vivendo na mansidão, na humildade, cheio de misericórdia, também as suas palavras transmitirão isso. Mas se o seu coração for exaltado, rebelde, violento, cheio de ódio… cuidado com as suas palavras, elas transmitirão o seu espírito. As palavras “mostram” o coração.

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Pela palavra, Jesus curou cegos e leprosos, expulsou demônios, multiplicou pães, acalmou os ventos e o mar… ressuscitou mortos, amaldiçoou a figueira estéril (Mc 11,14). Também nossas palavras poderão fazer milagres de alegria ou de dor, conforme esteja o nosso coração. O Mestre divino disse: “É do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraude, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e loucura” (Mc 7, 21). Por nossas palavras seremos julgados.

Não é à toa que São Paulo nos exortava: “Nenhuma palavra má saia de vossas bocas, mas só boas palavras que sirvam para edificação e que sejam benfazejas aos que a ouvem” (Ef 4,29).

Retirado do livro: “Entrai pela Porta Estreita”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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