As dez pragas do Egito

As dez pragas do Egito (Êx 7,14-12, 36)

Por volta de 1250 a.C. estava o povo de Israel cativo no Egito e sujeito a duros trabalhos forçados. Atendendo ao clamor dos infelizes escravizados, o Senhor decretou libertá-los, por meio de Moisés, chefe do povo, enviado à presença do Faraó, para intimar o monarca, em nome de Deus, a libertar os israelitas. Mas o Faraó não se rendeu ao pedido; por isto, o Senhor houve por bem demonstrar-lhe o seu poder, desencadeando dez pragas sobre o Egito, das quais somente a décima conseguiu dobrar a dureza de coração do rei. Eis a lista dos flagelos assim ocasionados:

1. Conversão das águas do rio Nilo em sangue envenenado: Êx 7,17-25.

2. Invasão de rãs nos rios e nas casas do Egito: 7,26-8,11.

3. Onda de mosquitos: 8,12-15.

4. Sanha de moscas venenosas ou de vespas: 8,16-28.

5. Peste sobre o gado: 9,1-7.

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6. Tumores e pústulas nos homens e no bestiame: 9,8-12.

7. Geada: 9,13-35.

8. Invasão de gafanhotos: 10,1-20.

9. Trevas sobre o país: 10,21-27.

10. A morte dos primogênitos dos egípcios: 12,29s.

O Autor Sagrado mostra que essas pragas foram uma intervenção explícita do Senhor. Mas segundo os exegetas, a imaginação humana, no decorrer dos séculos parece ter exagerado a índole extraordinária dos acontecimentos.

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Os estudos mostram que as pragas do Egito foram flagelos que acontecem naquele país por fatores naturais e por causa de circunstâncias particulares, os quais seriam longos para serem explicados aqui. Essas pragas foram pois milagres, não tanto em si mesmos, mas pelo modo como se verificaram: tiveram origem, sim, por ordem de Moisés, no momento predito por ele, e cessaram por ordem dele; desenvolveram-se com força fora do comum, poupando, porém, a região de Gessen, onde estavam os israelitas (cf. 8,18; 9,6s.26).

Como já dissemos, Deus, sem graves razões, não viola às leis da natureza; procura, antes, servir-se do curso habitual da natureza para realizar os seus maravilhosos desígnios.

A persistência do Faraó em não atender o pedido de Moisés, apesar das pragas, insinua que o monarca não se impressionou pelas nove primeiras pragas; porque estas não lhe pareciam fenômenos até então muito extraordinários. Veja que os seus magos também faziam alguns efeitos extraordinários.

Retirado do livro: “Ciência e Fé em Harmonia”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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