A Unção dos Enfermos na Patrística

“Porque
eles com bastante entusiasmo ensinavam, discutiam, determinavam o exorcismo,
para realizar curas… que podia ser até mesmo o batismo” (Tertuliano,
Prescrições 49; 200 dC).

“Ó
Deus que santificastes este óleo, concedendo a todos os que são ungidos e por
ele recebem a santificação, como quando ungistes os reis, sacerdotes e
profetas, assim concedei que ele possa dar fortaleza a todos os que dele se
valem e saúde a todos o que o usam” (Hipólito de Roma, Tradição Apostólica
5,2; ~215 dC).

“Além
disso, aqueles que estão também com setenta anos, se bem que arduamente e
sofridamente… Nesse caso deve ser realizado o que também o Apóstolo Tiago
diz: ‘Se, pois, alguém está enfermo, que chame o presbítero da Igreja para
impor as mãos sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé
salvará o enfermo, e se ele está em pecados, esses lhe serão perdoados.'”
(Orígenes, Homilia sobre os Levíticos 2,4; 244 dC).

“Sobre
o sacramento da vida, pelo qual (=batismo) os sacerdotes cristãos (na
ordenação), reis e profetas se tornam perfeitos; ele ilumina a escuridão (na
confirmação), unge os enfermos, e por seu privado sacramento restaura os
penitentes” (Afrate o Persa, Tratados 23,3; 345 dC).

“Porque
não somente no tempo da conversão, mas depois também, eles têm autoridade para
perdoar os pecados. ‘Está alguém doente entre vós?’ está dito – ‘que chame os
mais velhos da Igreja, e que esses orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome
do Senhor. E a prece da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará: e se ele
cometeu pecados, esses lhe serão perdoados'” (João Crisóstomo, Sobre o
Sacerdócio 3,6; 386 dC).

“O
enfermo considerava uma calamidade mais terrível do que a própria doença…(se
permitisse) que as mãos dos arianos fossem colocadas sobre sua cabeça”
(Atanásio, Epístola Encíclica; 341 dC).

“Este
óleo… para boa graça e remissão dos pecados, para uma medicina de vida e
salvação, para saúde e bem estar da alma, corpo ,espírito, para a perfeita
consolidação” (Serapião de Thuis, Anáfora 29,1; 350 dC).

“Rezavam
sobre ele; um soprava sobre ele, outro confirmava” (Efraim, Homilia 46;
373 dC).

“Por
que, então, impondes as mãos e acreditais que isso tenha efeito de bênção, se
acaso alguma pessoa enferma se recupera? Por que assumis que alguém possa ser
purificado por vós da sujeira do demônio? Por que batizais se os pecados não
podem ser remidos pelo homem? Se o batismo é seguramente a remissão de todos os
pecados, que diferença faz se o sacerdote diz que esse poder é dado a eles na
penitência ou no batismo? Em ambos o mistério é um” (Ambrósio, A
Penitência I,8,36; 390 dC).

“Se
alguma parte de teu corpo está sofrendo… recorda-te também das Escrituras
Inspiradas: ‘Alguém entre vós está doente? Chama o presbítero da Igreja e
deixa-o orar sobre ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. E a oração da fé
salvará o doente, e o Senhor o soerguerá, e se ele está em pecados, esses serão
perdoados'” (Cirilo de Alexandria, Culto e Adoração 6; 412 dC).

“Na
epístola do santo Apóstolo Tiago… – ‘Se alguém entre vós está doente, chama
os sacerdotes…’ – não há dúvida de que o ungido deve ser interpretado ou
compreendido como enfermo da fé, que pode ser ungido com o santo óleo do
crisma… é uma espécie de sacramento” (papa Inocêncio (401-416 dC), A
Decêncio 25,8,11; 416 dC).

“Que
aquele que está doente receba o Corpo e Sangue de Cristo; que humildemente e
com fé peça aos presbíteros a unção abençoada, para ungir seu corpo, de modo
que o que foi escrito possa lhe ser frutuoso: ‘Está alguém entre vós enfermo?
Que lhe tragam os presbíteros, que esses orem sobre ele, ungindo-o com óleo; e
a prece da fé salvará o enfermo, o Senhor o reerguerá; e se estiver em pecados,
esses lhes serão perdoados'” (César de Arles, Sermões 13,3; 542 dC).

“Deve-se
chamar um padre que, pela prece da fé e a unção do santo óleo que comunica,
salvará aquele que está doente [por causa de um grande ferimento ou por uma
doença]” (Cassiodoro, Complicações; 570 dC).

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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