A formação dos seminaristas, a melhor inversão para as Dioceses

Semana para reitores e formadores na Universidade da Santa Cruz

ROMA, (07/02/2012 – ZENIT.org) -. Uma semana de estudo e debate para os formadores de seminários, por tanto eclesiásticos com experiência no setor, para melhor responder aos desafios atuais, realiza-se até o dia 10 de fevereiro na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, a poucos passos da Piazza Navona, em Roma.

Não é um congresso onde os palestrantes vão para ensinar, mas sim um think tank (literalmente em Inglês, um tanque ou depósito de pensamentos) sobre como investir nos sacerdotes que nos seminários serão formadores, pois é o melhor investimento que as dioceses podem fazer.

Foi o que disse ao ZENIT o professor e sacerdote Philip Goyert, vice-diretor do Centro para a formação sacerdotal, do instituto dessa universidade, após a inauguração da semana de estudo intitulada “O ministério da direção nos seminários.”

A primeira edição realizou-se no passado e teve como tema a direção espiritual. Agora trata sobre o papel do governo. Participam uns 60 eclesiásticos e a abertura do evento contou com a presença do Cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica.

“A Santa Sé – disse o vice-diretor Goyert – teve o bonito gesto de enviar o Cardeal Prefeito da Educação Católica, para abrir esta semana.”

São, portanto, continuou, “quatro dias além da quarta-feira, quando seremos recebidos pelo Santo Padre, enquanto os outros dias estão estruturados com duas paletras debate.

Não é exatamente um congresso, mas uma semana de estudo, um think tank. Vieram pessoas com experiência neste campo, que exercem agora ou que trabalharam nele”. Trata-se, portanto, “de refletir sobre como tem que ser estruturado o governo do seminário para enfrentar os desafios atuais, onde não falta um secularismo até mesmo agressivo, e para encontrar propostas adequadas.

O vice-diretor do Centro de formação sacerdotal indicou ainda que o objetivo não é mudar a estrutura do seminário, mas refletir sobre como formar os formadores, porque “esta é a chave de tudo: quem são os formadores, o que devem fazer e como o reitor tem que gerenciar a equipe de formadores.”

Porém, na gestão do seminário há um problema fundamental: “É o de encontrar formadores adequados, porque o clero não é tão abundante, em particular na Europa, e embora seja necessário que as paróquias tenham os sacerdotes melhor preparados, o melhor investimento é o seminário.”

“Devemos, portanto, investir tempo nos sacerdotes que depois ocuparão diversos cargos no seminário como formadores. Este é o melhor investimento que a diocese pode fazer”, concluiu.

Esta semana de estudo é um programa inovador deste tipo?

“Esta é a segunda – indica o vice-diretor – porque a primeira foi no ano passado e tratou sobre a direção espiritual e temos no programa mais quatro, sobre a formação no geral e os quatro aspectos clássicos da formação: a espiritual, doutrinal, humana e pastoral.”

O padre Goyret acabou admitindo: “É inovação no que diz respeito à metodologia, sobre a qual temos investido muito tempo. Estamos também pensando em fazer uma maestria para formadores de seminários que provavelmente seria iniciada dentro de dois anos e também atividades locais. De fato, várias conferências episcopais pediram para fazer uma experiência semelhante, embora às vezes, mais fácil do que mandá-los todos aqui, é preparar um grupo para ir a seus países. “

As Iniciativas além disso não faltam e estão no programa, indica, “atividades mais locais, como seminários sobre a confissão. Neste ano já tivemos um e no segundo semestre haverá outro sogre ars praedicandi. No ano passado foi a ars celebrandi, embora estas sejam atividades de entidade um pouco menor.”

Os limites existem: para quem não participou “é difícil recuperar parte do que foi dito, devido à metodologia, uma vez que não é um congresso no qual ensinamos e outros vêm para aprender, mas um think tank em que todos ajudam com as suas contribuições. Portanto, não se escrevem as atas. Mas, no ano passado acabamos disponibilizando os textos das palestras em formato pdf. O objetivo é o debate no qual o think tank cumpre a sua função”.

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H. Sergio Mora
Tradução Thácio Siqueira

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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