A força do amor

A palavra “amor” está envolvida de predicados, de qualidades, de situações e expressões que, na visão da Sagrada Escritura, tudo se resume na frase “amar a Deus e amar o próximo como a si mesmo”. Ela constitui o maior de todos os mandamentos da vida.

O amor tem uma força que, às vezes, até explode dentro da pessoa. Mas tem que ser bem canalizado, não deixando que se transforme em atitudes de agressão e prejuízo para os que o detêm e para aqueles com quem a pessoa convive.

Pela força do amor podemos até esvaziar nossa vida para fazer o outro feliz. Mas pode acontecer o contrário, experimentando um falso amor e explorar a vida alheia. É um amor que se transforma em ódio e violência, podendo ocasionar até morte.

Em Deus, o amor é uma vocação, um caminho de acesso à realização plena, que só acontece de forma gratuita. Esta prática supõe fazer ao outro aquilo que gostaria que fosse feito à gente mesmo, mas dentro da realização da gratuidade.

Sentimos um grande desgaste na palavra amor nos últimos tempos. A cultura atual é marcada pelo individualismo, causando fechamento, egoísmo e falta de calor humano. Não existe amor sem relacionamento e diálogo. Ele acontece em relação ao outro, ao próximo ou a Deus.

O amor-relação, que deixa como legado a fraternidade, tem como exigência fundamental a fé cristã. Só assim ele será vivido no meio de tribulações e desafios. É o que lhe dá força e gratuidade. Um amor que vai além da dimensão simplesmente humana.

Na vivência da fraternidade, não se pode confundir o próximo com uma pessoa necessitada. É principalmente com quem convive e partilha a própria vida, e com quem cria relacionamento fraterno e o defende em todas as situações.

O amor condiciona a pessoa para uma verdadeira e sólida alegria, um coração realizado e profundamente feliz. Isto é capaz de superar todo tipo de rancor e de vingança. Provoca luta pela justiça social e por um mundo melhor.

***
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto – SP

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
Adicionar a favoritos link permanente.